Leandra Leal e Ângela Leal comandam entrega de premiação

Por - 09/12/06 às 10:04

Felipe Panfili

Leandra Leal e Ângela Leal deram um molho especial na entrega do 5º Prêmio Rival-Petrobrás de Música, realizada na noite de sexta-feira (8), na tradicional casa de espetáculos da Cinelândia, centro do Rio, que dá nome à premiação. Ângela ao fazer a apresentação do evento, disse que iria ser econômica nas palavras para não ser repreendida pela filha. E Leandra, ao assumir o posto de mestre-de-cerimônias, que dividiu com a mãe, entrou no clima de brincadeira.

“Depois ela fala que eu repreendo ela. Mas, na boa, se eu não cortar, minha mãe fica aqui a noite inteira falando, até as pessoas não agüentarem mais”, retrucou a bela e talentosa atriz.

Essa descontração entre as duas continuou a noite toda. Depois que vários troféus já haviam sido entregues, Leandra voltou a alfinetar Ângela Leal, que além de se encarregar de anunciar o nome do vencedor também entregava o prêmio.
 
“Para mim sobrou a parte mais chata que é só ficar ali falando um breve histórico de quem são os concorrentes, enquanto a minha mãe se senta, levanta e ainda ganha beijinho dos vencedores’.”

Ângela arrancou gargalhada da seleta platéia de convidados que lotava a casa, ao não deixar sem resposta a brincadeira provocativa da filha que é a paixão de sua vida.

“Quem mandou você nascer depois. Fui eu quem te pari, por isso tenho meus privilégios”, respondeu.

Para provar que tudo era mesmo um molho especial, que servia para descontrair ao máximo a noite da premiação, mãe e filha, no final, se encontraram no centro do palco do teatro e trocaram os afetos costumeiros. E Leandra ainda fez mais uma piadinha com Ângela, dessa vez em relação à nova idade de sua mãe, completada esta semana: 60 anos.

“Ela agora é uma senhora sexy, sexy, sexagenária.”

Prêmio

O Prêmio Rival-Petrobrás, que está em sua quinta edição, tem por objetivo saudar e reverenciar a ousadia e qualidade da produção musical independente no cenário da Música Popular Brasileira. Neste ano, o troféu homenagem foi para Aracy de Almeida, uma carioca da gema, nascida no subúrbio do Encantado e que é considerada pela crítica como uma das maiores intérpretes brasileiras.

A grande homenageada, que freqüentou muitos cabarés foi quem inspirou ao cenógrafo Alfredo Sá a decoração do espaço, bem como do entorno, ou seja, a rua Álvaro Alvim, em pleno coração da Cinelândia, tradicional praça carioca. Tudo foi transformado num grande cabaré, relembrando os tempos de glamour das noites do Rio Antigo. No final do evento, dez novas cantoras da nova geração de sambistas relembraram sucessos de Aracy de Almeida.

Thalma de Freitas recebe prêmio do pai

Considerado o melhor arranjador, Laércio Freitas foi representado pela filha Thalma de Freitas, que ficou encantada com a estatueta e depois, ao integrar o elenco das dez novas damas do samba carioca, dedicou sua apresentação ao pai.

Todos os vencedores

Cantor – Renato Braz – disco Por Toda a Minha Vida
Cantora – Jussara Silveira – disco Entre o Amor e o Mar
Grupo Musical – Casuarina – disco Casuarina
Compositor – Aldir Blanc – disco Vida Noturna
Arranjador – Laércio Freitas – disco Remexendo
Grupo Instrumental – Galo Preto – disco 30 Anos
Instrumental Solo – Luiz Marcel Powell – disco Aperto de Mão
Produtor Artístico – Marcelo Camelo e Kassin – disco Amendoeira
Tributo – Zé da Velha e Silvério Pontes – disco Só Pixinguinha
Atitude – José Mauro Brant – disco Contos, Cantos e Acalantos
Revelação – Ana Costa – disco Meu Carnaval
Excelência – Olívia Hime por seu trabalho à frente da gravadora Biscoito Fino
Embaixador – Marcos Valle – pela divulgação da MPB no exterior
Aval Rival – Tantinho da Mangueira – pelo disco Tantinho, Memória em Verde e Rosa
    

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