Leandro Firmino, o Zé Pequeno, lamenta por amigo na cracolândia

Por - 05/05/15 às 09:08

Ag News
Desde que a história de Rubens Sabino Silva, de 30, descoberto na cracolândia de São Paulo, veio à tona, a indignação tomou conta de muita gente, entre eles Leandro Firmino da Hora, de 36 anos, com quem Rubens contracenou no bem sucedido filme  Cidade de Deus,  há 13 anos. 
 
Leandro, que interpretou o Zé Pequeno, seguiu a carreira de ator, e Rubinho não conseguiu deixar as drogas. 
 
"Me surpreendeu vê-lo lá. Há uns dois anos não tinha notícia dele. O Rubinho é um cara que tem muito talento, percepção de ator. O Fernando (Meirelles, diretor) fez tudo o que podia. Uma pena. Fiquei muito triste", diz Leandro, em entrevista à coluna Retratos da Vida, do jornal Extra.
 
O ator, que em breve estreia na série Magnífica 70, no canal a cabo HBO, lembra ainda que se não fosse a escola ele mesmo poderia ter tido o mesmo destino do colega. Ou até pior. 
 
"Minha vida foi no Ciep dos 6 aos 16 anos. Vida fora de lá só mesmo nos fins de semana e nos feriados. Agradeço muito a minha mãe por ter me cobrado os estudos. Vi muitos amigos morrerem antes de completar os 18 anos. Aquilo não era vida. Consegui não ir pelo caminho errado".
 
Atualmente, o ator dá palestras motivacionais em escolas particulares.

"Conto como foi a minha vida e a importância de ir para a escola, de não abandonar. Quero levar esse trabalho também às escolas públicas", conta ele, que em breve começa a fazer a Faculdade de História.

No mês que vem, Leandro vai para Angola, na África, ainda por conta de seu maior sucesso. O bandido Zé Pequeno faz sucesso por lá.

"Mas não é bem visto pelos jovens, então, vou lá para fazer essas palestras e contar um pouco da minha vida".
 
Casado desde fevereiro, hoje morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e pai de um filho de 3 anos, fruto de um relacionamento anterior, Leandro Firmino também dá expediente no Canal Futura e em breve abre com a mulher uma loja virtual de semijoias.
 
"É preciso segurar dos dois lados. Fiquei alguns meses sem ter trabalho e isso não é legal. Quero dar um futuro melhor para o meu filho, mostrar o caminho certo, deixá-lo o mais longe da violência. Hoje em dia está muito mais punk que na minha época", destaca ele ao jornal
 

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