Leandro Hassum: “As pessoas confundem bom humor com palhaçada”

Por - 21/04/13 às 10:33

Divulgação/TV Globo/Bob Paulino

É difícil lembrar de Leandro Hassum sem associá-lo a umas boas gargalhadas. Mas o gordinho carismático que conquistou o público há três anos, ainda no comando de ‘Os Caras de Pau’, está em fase de transformação. São 22 quilos a menos e um ar de seriedade a mais dentro e fora da telinha.

“Sou bem-humorado, graças a Deus. Não sou palhaço. Às vezes, as pessoas confundem bom humor com palhaçada. Acham que eu estou mais sério, mas não dá para ficar fazendo piada 24 horas por dia, senão você fica insuportável”, justifica o ator, em entrevista ao jornal O Dia.

A mudança no visual nada teve a ver com o novo trabalho. Aos 39 anos, Hassum afirma que decidiu perder peso para ter uma vida mais saudável e poder comprar roupas em lojas que não eram exclusivamente para gordinhos.

“Sou um cara vaidoso, gosto de me vestir bem, com roupa bacana e, antes, isso era difícil. Agora, eu consigo comprar roupa em loja comum. Estou emagrecendo desde maio do ano passado, graças à reeducação alimentar e aos exercícios que comecei a praticar, mas não foi para fazer a série. Continuo vivendo um gordo na TV. Senão, que sentido teria eu ter emagrecido para nego ficar fazendo piada de gordo?”, diverte-se ele, no ar atualmente como o  protético nervosinho Sérgio, na série O Dentista Mascarado, da Globo.

Hassum contou ainda que fica atento aos pitacos da filha Pietra, de 13 anos.

“Ela dá muita opinião, mas, como santo de casa não faz milagre, ela gosta mais do Adnet e da Taís Araújo. Aí eu pergunto para ela: ‘E eu, como estou?’ Ela responde sempre que estou ‘maneirinho’. Ator é, por natureza, muito vaidoso. Nós gostamos de aplausos. Às vezes, depois que gravamos as cenas, a gente quer falar que ficou uma m… só para o outro dizer: ‘Que nada, você está maravilhoso!’ A gente é carente, tudo maluco, adora confete”, disse.

Tendo o humor como marca registrada, Leandro sonha, um dia, ter sua arte valorizada.

“No Brasil tem talentos maravilhosos. O que falta é a mídia respeitar mais a gente. Existe uma desvalorização do ator cômico, como se nós fôssemos inferiores. Os programas de humor são sempre vistos como coisas banais, de menos importância, quando, na verdade, o humor é muito difícil e complexo, não é qualquer um que faz”, argumentou.

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