Letícia Spiller se prepara para encarar as adversidades do Acre

Por - 24/08/06 às 12:05

Divulgação / TV Globo

Letícia Spiller está empolgada com a oportunidade de participar de Amazônia – de Galvez a Chico Mendes, minissérie de Glória Perez que já está sendo gravada em Manaus, sem a presença de atores. E a atriz tem vários motivos para tanta empolgação: desde a personagem até o fato de poder retornar ao Acre, onde em 2005 ela esteve por três vezes.  

“Vou fazer uma seringueira de nome Anália, que só entra na segunda fase e quando as gravações já estiverem sendo realizadas no Acre. Não vejo a hora de retornar àquela região onde no ano passado fiz um documentário sobre os Ashininkas, uma tribo descendente de índios peruanos. Aliás, esses índios serão personagens da trama”, conta Letícia Spiller.

A bela atriz brinca que por estar com a vacina contra a febre amarela em dia, pode ser convocada na véspera do embarque e aposta no sucesso de Amazônia, antes mesmo da exibição a partir de janeiro de 2007.

“Tenho certeza de que a Glória vai arrebentar com essa minissérie, que está dando a ela dupla oportunidade: a de homenagear o lugar onde nasceu e contar uma história sobre a conquista daquele estado, de uma forma que não se encontra nos livros escolares”.

Ligação com a região Amazônica

A ligação de Letícia Spiller com a região amazônica é antiga. E a minissérie de Glória Perez só tem feito aumentar sua paixão pelo local e por pessoas nascidas na floresta.

“Tenho uma irmã que morou 12 anos no Pará e praticamente foi expulsa de lá por se envolver nas questões de defesa das terras indígenas. E agora, durante o workshop da minissérie, realizado no Projac, tive a honra de conhecer a ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Fiquei tão apaixonada pela história de vida dela, que tive de sair correndo do estúdio onde ela dava a palestra de tanto que chorei”.

História pessoal da mulher que emocionou a atriz

Maria Osmarina Silva de Lima nasceu em 1958, no Seringal Bagaço, que fica a 170Km de Rio Branco (AC). Ex-seringueira ligada a movimentos ecológicos da região amazônica, Marina aprendeu a ler aos 17 anos ao se mudar para a capital onde foi tratar uma hepatite, porque no seringal não havia escolas.

Apesar disso, aprendeu aritmética ainda pequena para não ser enganada pelos patrões, uma vez que desde menina teve de ajudar o pai, que havia ficado viúvo, a cuidar dos sete irmãos. Marina caminhava 14 quilômetros para cortar e colher o látex com que se faz a borracha natural.

Se alfabetizou no antigo Mobral, fez cursos supletivos para entrar na faculdade e se formar em História. Trabalhou como doméstica e sonhava em ser freira. Abandonou

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