Letícia Wiermann: “Sou filha do Datena, mas quero meu reconhecimento”
Por Redação - 29/09/12 às 10:05
Ela é linda, nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e começou a trabalhar bem cedo. Leticia Wiermann, 26 anos, é modelo de sucesso e apresentadora de tevê Adora fotografia e esportes, tem um canal de tevê na internet, que é grande sucesso em oito países. Ela também conheceu de perto o Carnaval brasileiro este ano, quando foi chamada para estar de biquíni no primeiro carro da escola de samba Renascer de Jacarepaguá, a convite do artista plástico Romero Brito. Atualmente, Letícia apresenta o programa Repaginada, na Mix TV.
Em entrevista exclusiva com O Fuxico.,a bela conta como foi sua tragetória até aqui, seus ídolos no mundo da moda e sua relação com o pai famosão, José Luis Datena.
O Fuxico – Você começou cedo na carreira, as 15 anos. Por que escolheu esta profissão?
Leticia Wiermann – Nunca pensei em seu modelo. Sempre fui magra e alta para minha idade: aos 13 anos já tinha 1,70. Um dia eu estava passeando em um shopping e uma coordenadora de moda do Senac de Ribeirão Preto me parou e disse que eu era muito bonita e se eu não gostaria de participar de um curso que ela ia ministrar. Eu pensei em participar, pois queria aprender a andar, ficar mais feminina. Ela era amiga da minha mãe (Mirtes Wiermann), elas desfilaram juntas, enfim. Fui para o curso e começaram a aparecer trabalhos, participei de um concurso da agência Mega e aí comecei a viajar o mundo a trabalho.
OF – Quem são seus ídolos no mundo da moda?
LW – Tenho vários. Estilistas, por exemplo, gosto muito de Karl Lagerfeld, Marc Jacobs. Personalidades que se vestem muito bem cito Madonna. Minha modelo favorita e a mais linda é a Adeiana Lima.
OF – Você também gosta muito de fotos. Teve uma onde doou parte das vendas para uma instituição. Qual era o tema?
LW – Na realidade a fotografia começou porque passei a escrever uma coluna numa revista do interior de São Paulo, chamada Revide, é bem tradicional em Ribeirão Preto e região. Nesta coluna, eu precisava ilustrar, então comprei uma maquina fotográfica profissional e comecei a mexer, aprender photoshop, edição, tudo. No ano passado, morando em Miami, um pessoal que me conhecia por lá, da Associação de Leucemia e Linfoma, me chamou para uma campanha de caridade. E eu já tinha uma pessoa do Canadá que queria imprimir minhas fotos. A maioria das fotos eram de paisagens que fui fazendo. Todas as vezes que viajo, guardo um ou dois dias só para fotografar.Morei na África, as paisagens de lá são lindas. Tenho muitas imagens também do Brasil, Estados Unidos, Itália. Fiz a exposição e vendi as fotos por um preço que nem imaginava e fiz minha doação.
OF – Pretende fazer isso mais vezes?
LW – Olha, estou passando por uma fase de transição. Depois de muitos anos volto ao Brasil para morar. É difícil. Em Miami conhecia muito mais gente que aqui e tinha um pessoal que cuidou da parte da impressão, das demais coisas. Não é simplesmente expor, tem muita coisa para fazer. Tenho vontade de fazer isso por aqui, amo fotografia, mas agora estou focando tudo na minha carreira de apresentadora. Quem sabe no futuro?
OF – O sucesso como modelo e apresentadora foi maior fora do país ou aqui no Brasil?
LW – Acho que as pessoas atribuem muito a carreira de modelo à fama. Eu acho que não é assim. Muitas pessoas fazem assim, mas eu penso que preciso estar com a pele boa, o corpo saudável. Já trabalhei em sete países e sempre trabalhei bem. Com 17 para 18 anos aconteceu um boom, quando Marlene Mattos me chamou para apresentar o Band Inverno. Tive ,mais exposição, nem estava preparada ainda. Fui fazer esta experiência de novo e me impressionei, as pessoas lembram com carinho, valorizam meu trabalho. O sucesso nem sempre foi ligado a fama, agora as pessoas me conhecem por eu ser comunicadora. E olha, confesso que falar o português, a minha língua, é bem melhor. Nos Estados Unidos, fiz até sessões com fonooaudióloga para tirar meu sotaque brasileiro. Hoje meu inglês é perfeito, mas a gente fica bem mais confortável falando o idioma da gente!
OF – Hoje você mora aqui no Brasil? Sozinha?
LW – Estou namorando. Moro em São Paulo e passo bastante tempo no Rio de Janeiro, com meu namorado.
OF – Ele também é modelo ou comunicador?
LW – Não, ele é da área da música.
OF – Por que optou morar fora por uns tempos?
LW – Fui morar fora porque recebi muito convite para trabalhar, a agência manda muito para outros lugares para fazer trabalhos internacionais. Como sempre me dei bem e consegui ganhar um dinheirinho, fiquei por lá. E também tem aquela fase de querer conhecer o mundo, passei a adolescência fazendo isso, quase 10 anos, ai bateu vontade de parar quieta num lugar, criar raízes. Então, acabou a aventura, o mochilão, quero me aquietar. Continuo modelando, mas estava a fim de fazer outra coisa. Descobri minha paixão nesta nova etapa.
OF – Você montou um canal de TV fora do país?
LW – É o Vida on Line (vidaonlinetv.com). Criei com dois amigos, antes chamava vidamiamitv.com. A gente cobria acontecimentos em Miami parao público latino. Tivemos uma boa resposta e fomos comparados ao maior canal de Miami. Recebíamos convites de imprensa, pautas e começamos a nos associar com equipes de outros países. Hoje estamos em oito países e temos cerca de 10 mil visitantes por dia. É uma escola. No canal eu fazia tudo, estudei jornalismo digital, aula de luz, finalização, tudo. Isso me ajuda muito hoje, pois no Repaginada (Mix TV) me sinto segura, sei quando a luz, o enquadramento é mais legal. Foram três anos trabalhando mais de perto com isso.
OF – O sangue jornalístico está na veia da família?
LW – Com certeza, minha mãe foi editora chefe e apresentadora do Jornal da Globo da região de Ribeirão Preto, por 20 anos. Nasci com ela lá. Um dia desses, a Renata Ceribelli disse que me conhecia de dentro da barriga da minha mãe (risos). Ela continua trabalhando. Desde pequena eu ia com ela trabalhar, via tudo, mesa de edição, teleponto. Inconscientemente criei gosto. Sempre gostei muito de escrever e ler e quando passou todo o deslumbramento da vida de modelo, vi que gostava disso.
OF – Você fica braba quando te chamam de "a filha do Datena"?
LW – Hoje em dia me incomoda sim, porque sou a filha dele mas sou mais a Letícia Wiermann. O fato dele trabalhar e ser quem é nunca me abriu portas. É um rótulo injusto que tende a desaparecer com o tempo. Claro que tenho o maior orgulho de ser filha dele, mas quero que meu reconhecimento se sobressaia.
OF – Seu pai fala sempre que sofre ameaças em função do trabalho envolvendo matérias policiais. Você teme por isso?
LW – Não tenho medo, não, ainda acredito na bondade das pessoas. Tudo pode acontecer, mas me sinto protegida.
OF – Como ele e sua família reagiram às suas fotos sensuais na revista?
LW – Reagiram normalmente, pois não fiz nada que fosse fora do normal, sem pudor.
OF – Você foi musa de uma escola de samba. Pretende repetir a dose?
LW – Sim, vou repetir. Aliás, acabo de receber um convite, mas ainda não posso dizer qual é a escola de samba (risos). Na semana que vem começo aulas de samba, pois quero arrasar na avenida. Este ano foi a minha primeira vez, a convite do Romero Brito. Eu achava que viria no chão, e de repente, um dia antes, tive a grata surpresa de sair no primeiro carro alegórico da agremiação, vestindo um biquíni. Foi maravilhoso!
OF – É verdade que gosta tanto de esportes que uma vez machucou feio os dedos durante uma corrida?
LW – (risos) Olha, depois que fui no Jô (Programa do Jô, Globo), sabe que recebi, de uma marca famosa, um tênis específico para corrida? Sou viciada em esportes e sempre acabo fazendo alguma bobagem (risos). Faço yoga há sete anos, corro muito, é minha paixão, há dois anos. Antes, eu andava, depois comecei a acelerar, dar uma corridinha e nem percebi que estava em um nível de atleta. Daí, acabei me machucando por usar o calçado errado.
OF – Você sempre se machuca então?
LW – Ano passado fiquei quatro dias esquiando, o dia inteiro. Perdi uma unha do pé, por causa disso. Este ano, tive problemas até descobrir que precisava comprar um tênis com número maior. Outra vez, foi com uma mountain bike. em Miami, quando sai toda errada (risos) roupa errada, equipamento errado, bicicleta regulada errada. Acabei quebrando o pulso e precisei passar por uma cirurgia para colocar uma placa de titânio. Tirei há pouco mais de um mês e agora estou me recuperando.
OF – E quanto ao programa do canal a cabo Mix TV?
LW – O Repaginada é um programa que vai ao ar às quartas-feiras, sempre às 22h30. Vai ter uma reformulação a partir do mês que vem, ainda estamos em conversação, pois o programa tem muitas possibilidades, transformar as pessoas, mudar a auto-estima, não só mudar o cabelo e a roupa, mas, de repente, conseguir uma academia para o participante. Sem falar que o Repaginada é uma das maiores audiências da casa.
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