Lilia Cabral: “Não adianta você querer ter 40, se tem 53”

Por - 23/09/10 às 08:11

Jorge Lepesteur/Divulgação

Lilia Cabral é capa da edição de setembro da revista Poder, com direito a um ensaio especial fotografado por Jorge Lepesteur. A atriz, que está em cartaz no Rio de Janeiro com a peça Maria do Caritó, falou sobre diversos assuntos à publicação, como educação, casamento, aborto, política e idade.

"A vida não engana. Não adianta você querer ter 40, se tem 53 (…) O fato é que todas essas ferramentas podem fazer você estar bem, mas mais jovem você não vai ficar. Essa indústria da beleza é uma forca – chega uma hora que só resta cortar a cabeça", disse Lilia, demonstrando não ter medo de envelhecer.

Filha única de um casal de italianos, Lilia foi educada pelo autoritarismo patriarcal de seus pais. A atriz enfrentou 20 anos de terapia e hoje agradece pela educação que teve.

Mãe de Giulia, de 13 anos, ela procura ser menos bruta, mas ainda impõe limites. "Não dá para ser a mãe que sempre passa a mão na cabeça, como o pai desse menino que matou o filho da Cissa [Guimarães]", comenta.

Confira os principais trechos da entrevista:

Casamento

"Numa relação vale a mesma regra do teatro: ouvir e responder.”

Aborto

"Como pode uma pessoa ser estuprada e não poder abortar? Ao mesmo tempo, as pessoas não terem responsabilidade e sair engravidando e abortando por aí? Legalizar por legalizar, banaliza. Mas a assistência social tem que ter uma política de educação, dedicada aos mais pobres – que têm 10, 12 filhos por ignorância, não por burrice."

Violência contra mulher

"Acho que o sistema de defesa à mulher evoluiu bastante. A violência sempre existiu, mas ela agora vem à tona (…) E, apesar de não justificar reação alguma, temos de lembrar que as mulheres também gostam de provocar", fala a atriz, sobre a violência contra a mulher.

Política

"Não acho que as pessoas que votam na Dilma estão pensando em eleger a primeira mulher presidente. Mas ter uma mulher na Presidência é um presente para nós e reflete uma mudança da sociedade por aceitar essa possibilidade. Acho que as mulheres com cargos importantes têm mais bom senso que os homens, discutem de igual pra igual, mesmo com toda a autoridade do mundo. Agora, sabemos que em seu primeiro erro logo virão as críticas por ela ser mulher. O preconceito nunca vai deixar de existir.”

 

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