Luciana Gimenez é vítima de crime virtual

Por - 29/08/24 às 13:26

Retrato Luciana GimenezReprodução/Instagram/@lucianagimenez

Luciana Gimenez está sendo vítima de um crime virtual. No último dia 25 de agosto, ela registrou boletim de ocorrência para resolver a situação.

De acordo com a apresentadora uma conta no Instagram estaria utilizando a imagem e a voz da apresentadora, em vídeo feito por meiode inteligência artificial, para divulgar descontos de roupas, acessórios e calçados da marca de luxo Prada.

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Alexandre Pinto, CEO da Diferenciall Tecnologia. Especialista em Cyber segurança, comentou sobre a gravidade do problema.

“A utilização de IA (Inteligência Artificial) de forma fraudulenta para o uso não autorizado da imagem de famosos por empresas para promover produtos é uma questão séria que tem ganhado destaque recentemente. Esse problema vem ocorrendo de várias maneiras e pode ter diversos impactos reputacionais e até mesmo legais, ainda que para este último ainda precisemos de legislação”, iniciou o especialista.

“Os fraudadores têm utilizado o que chamamos de Deepfakes que são imagens, áudios e vídeos criados através de Tecnologias de IA. As criações são falsas, mas parecem muito reais, utilizando a imagem e a voz de celebridades sem a sua autorização. Essa falsificação criada com qualidade é em geral muito convincente, engana o público e dá a impressão de que a celebridade está endossando um produto ou serviço. Os perfis falsos ou até mesmo hackeados nas redes sociais são utilizados para promover produtos fraudulentos”, continuou.

“No final das contas, com a desinformação criada pode-se ter danos à reputação da celebridade e possíveis prejuízos financeiros para os consumidores que acabam sendo enganados. O uso não autorizado da imagem de uma pessoa viola os direitos de imagem, que são protegidos por lei na maioria dos países. Qualquer pessoa que se sentir prejudicada pode entrar com um processo por danos morais e materiais buscando ser indenizado pelos prejuízos causados a sua imagem e reputação. Já o consumidor também pode exigir seus direitos pela publicidade enganosa, que pode ser considerada fraude segundo as regulações das leis de proteção ao consumidor”, disse.

“Tendo em vista a evolução acelerada das tecnologias, ainda não temos uma legislação para regular em especial as IAs. Essa situação é bem complexa e exige esforços coordenados entre todos nós, sejam pessoas comuns, celebridades, plataformas de mídia social, órgãos reguladores e consumidores de uma forma geral. Uma das principais formas de evitar problemas é sempre buscar confirmações do que está sendo ofertado, analisar a empresa que está fazendo a publicidade, checar sua idoneidade e sempre desconfiar de ofertas muito fora da realidade. Também é muito importante ao constatar uma fraude fazer uma denúncia para evitarmos que outras pessoas possam cair no golpe”, completou.