Ludmilla sobre racismo: ‘Hoje minha ideia é poder ser livre’

Quem acompanha Ludmilla nas redes sociais pode notar que ela anda feliz da vida, afinal, depois de alisar o cabelo por muitos anos, a funkeira assumiu de vez os cachos. O resultado está na capa da Cosmopolitan de dezembro, que chegou às bancas nesta sexta-feira (1). Poderosíssima, a dona do hit É Hoje posou para seu primeiro ensaio fotográfico ao natural e, em entrevista à publicação, comentou sobre o processo da transição capilar.

“Eu não tinha cabelo, eu não saia da minha sala sem o mega hair com medo do meu irmão me filmar e depois ser zoada no grupo da família no WhatsApp”, disse.

Depois de 25 anos “colocando formol na cabeça”, como a própria artista falou, Lud decidiu mudar e isso, segundo ela, é liberdade: “Hoje minha ideia é poder ser livre, usar meu cabelo do jeito que eu quiser”.

Ao assumir os cachos, a cantora também assumiu alguns riscos. Um deles é sofrer ainda mais com o racismo. Este tipo de preconceito, porém, é um velho conhecido da carioca, que criou “habilidade” para lidar com esses ataques depois de certo tempo.

“Eu não sabia o que fazer: sofria algum racismo e ia para internet, postava, um monte de gente comentava, mas não acontecia nada. Depois que aprendi como faz e o que se faz para punir esses racistas, denunciei todos (…).O processo contra o apresentador que me chamou de macaca nojenta e disse que meu lugar era comendo banana ainda está rolando (…).Racistas não passarão”, confessou.

O sucesso na vida pessoal, coroado com a finalização dessa nova fase de seus cabelos, se reflete na profissional. Ludmilla é uma artista completa, canta, dança e compõe. Sim, ela é a responsável por colocar todos esses hits de sucesso na boca do povo. E, a “danada”, nãoi deixou de revelar seu segredo à revista: “Eu falo o papo reto mesmo, o que eu vivo, a minha realidade, minha essência”.