Luísa Marilac dá uma ‘aula’ para Sikêra Jr. Entenda!
Por Redação - 19/08/20 às 19:00
Nos últimos dias, uma travesti foi agredida por transfobia em São Paulo, e o jornalista Sikêra Jr., da RedeTV!, a chamou, de forma pejorativa, de “traveco”.
Luísa Marilac, youtuber e ativista da causa LGBTQIA+ no Brasil, decidiu explicar a ele os motivos de não se usar o termo “traveco” para se referir às travestis por meio de uma direct no Instagram.
“Oi meu querido, tudo bem? Espero que sim! Meu nome é Luisa Marilac, sou uma travesti e não me incomodo em ser chmada de travesti. Traveco é uma forma pejorativa de se referirem às mulheres trans e travestis”, disse ela.
“Só estou passando para você, que às vezes pode não saber, que é só uma forma pejorativa. Gratidão!”, completou Luísa.
Sikêra Jr foi um poço de gentileza e elegência, respondendo com o maior carinho que ficaria de olho no próprio vocabulário.
“Obrigado pela dica. Muito muito obrigado mesmo! Beijos Luísa Marilac. Vou rever essa minha forma de falar e de me comunicar melhor, tá bom?”, respondeu ele.
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Luisa Marilac desabafa sobre transfobia: 'Tomei 7 facadas'
Luisa Marilac utilizou seu espaço no Instagram para comentar sobre um assunto sério, a transfobia no Brasil. Na publicação, a ativista postou uma foto de seu rosto, pintado com diversos hematomas falsos, para revelar os tipos de agressão que já sofreu.
Em um trecho do texto, Luisa, que se envolveu em uma polêmica com Nego do Borel em janeiro deste ano, contou que já foi esfaqueada sete vezes.
"Tenho cicatrizes profundas… Meu nome é Luisa Marilac. Eu já fui vítima da transfobia. Tomei sete facadas. Uma dessas facadas perfurou o pulmão. Deformaram o meu rosto… Sobrevivi por Deus. Era adolescente, tinha acabado de chegar do interior de Minas Gerais… Não devia nada para ninguém… A transfobia mata, transfobia é real… #bastatransfobia essa foto fiz. Há uns anos atrás em protesto ao assassinato de uma travesti que era minha fã aqui… Aquela que foram os policiais que mataram”, afirmou.
“Mas quando fui agredida fiquei desse jeito aí o pior. Todos os dentes da minha boca ficaram moles, mas eu sou forte aquilo que não me derruba me deixa mais forte… Lutando pelo direito de ir e vir. Sigo lutando … Nossa Estimativa de vida é de 35 anos. Ninguém precisa aceitar ninguém Só respeitar. Foi isso que me ensinou a dar valor a cada segundo da nossa vida. É a única coisa que de verdade tem valor", escreveu ela, contando sobre sua dor.
Infelizmente, vale lembrar que, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2017, o Brasil alcançou o topo do ranking dos países em que se assassina mais travestis e transexuais homens e mulheres.
Confira a publicação completa no perfil do Instagram @luisamarilacc.
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