Luiza Tomé diz que não quer mais trabalhar com Lauro Cesar Muniz

Por - 31/05/13 às 07:40

Luiza Dantas/ Carta Z Notícias.

No ar como a perua Meg Pantaleão, em Dona Xepa, Luiza Tomé não tinha planos de voltar à tevê tão cedo. Isso por conta da experiência que classifica como traumática em Máscaras, exibida no ano passado. Na época, pediu publicamente ao autor, Lauro César Muniz, para deixar a trama. O descontentamento com o texto foi tão forte que a atriz admite que chegou a duvidar de sua capacidade artística depois de 29 anos de carreira.

"Quando a novela não combina com a gente, você acaba duvidando da sua forma de criação, se realmente nasceu para aquilo", afirma ela, que é enfática ao cogitar uma possibilidade futura de trabalhar com Lauro Cesar novamente.

"Eu não quero mais trabalhar com o Lauro e tenho certeza de que ele não quer mais trabalhar comigo'', completa.

Após um período dedicado ao teatro com a peça Mulheres Alteradas, Luiza viu na personagem escrita por Gustavo Reiz a chance de dar vida a uma mulher espontânea, autêntica e sem muitos critérios na hora de dar sua opinião – características que chegam a se assemelhar com a personalidade da atriz.

"Eu ia acabar a peça e tirar férias. Gostaria de ser 50% do que ela é. É um papel muito expansivo e ela não tem filtro. Temos um texto muito bom na mão. Não decoro texto fácil, mas esse está sendo um diferencial", revela.

Mesmo com a experiência atípica na novela de Lauro Cesar, a atriz faz um balaço positivo de seus sete anos na Record, onde acumula cinco novelas.

"Aqui não tem briga de ego. É uma emissora muito respeitosa para se trabalhar", valoriza.

O Fuxico: Você disse que, após Máscaras, não pretendia voltar à televisão tão cedo. O que fez você aceitar esse convite tão pouco tempo após dizer isso?

Luiza Tomé: Um dos motivos foi ser um trabalho do Ivan Zettel. É um diretor com quem já trabalhei e sabia que ele não me colocaria em uma "roubada" ou um projeto que não fosse bacana. Às vezes, a pessoa combina algo com você e não cumpre. Foi o que aconteceu na novela anterior. Não estávamos nos dando muito bem no último trabalho e agora é totalmente o contrário. Voltei completamente destraumatizada. Já conhecia 60% desse elenco e direção. Além disso, me disseram que ela seria uma vilã e isso me fascina um pouco. 

OF: Então, você está satisfeita com o papel?

LT: Estou amando fazer a Meg. O Gustavo é um autor muito bom e com um texto muito fácil de representar. Você lê e já entrou tudo. Todos têm a sua história, todos têm o seu espaço. Todo mundo é valorizado. É muito bom fazer uma história em que todos aparecem. Para não fazer nada, eu prefiro não fazer nada em casa. Não me chama para trabalhar. Dona Xepa é um grande novelão à moda antiga e não uma trama descartável que você esquece em pouco tempo. 

OF: A sua personagem é uma típica perua e traz algumas semelhanças com a Scarleth, de A Indomada, como utilizar alguns bordões em inglês. De onde veio sua inspiração para o papel?

LT: Assisti a muitos programas com peruas e tive alguns encontros com elas. Elas acordam tomando champanhe e pedem "champa" o dia todo. Peguei muitas coisas delas e elas nem sabem. Esse personagem é muito mais observação. Trouxe muita coisa do universo gay, como o bordão ''adoro'' e o beijinho no ombro. 

OF: Na Globo, você ficou marcada por muitas personagens ligadas ao humor. E a Meg segue novamente essa vertente. É um gênero que agrada mais você?

LT: Na verdade, eu gosto de fazer os outros rirem. Os meus papéis não eram cômicos. Nunca me davam papéis de humor. Eu tirava o humor de onde não tinha. Sempre tive esse pé na comédia. Paulo Ubiratan (diretor de novelas da Globo) falava que eu fazia comédia muito bem e era uma atriz de comédia. 

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