Lula apresentava quadro gravíssimo e tinha sério risco de morte, afirma médico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar no domingo, 15 de dezembro, após passar por um procedimento delicado para tratar um sangramento na cabeça. A cirurgia, realizada em São Paulo, foi necessária após um acidente doméstico.

Lula assume: Teve medo da morte

De acordo com os médicos, a recuperação do líder político foi acima das expectativas, o que permitiu sua liberação antecipada.

O cardiologista Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo tratamento de Lula, ressaltou o desempenho surpreendente do presidente na recuperação. Ele ressaltou que a situação do presidente era grave antes do procedimento.

O quadro da IT foi extremamente grave. Ela requeria obviamente, atendimento de emergência, mas sim, corria o risco de acontecer o pior”.

A infectologista Ana Helena Germoglio, que também participou do acompanhamento, confirmou o retorno de Lula para sua residência em São Paulo.

“Ele ficará em repouso, com um acompanhamento cuidadoso e uma nova tomografia programada para a próxima quinta-feira (19)”, explicou. Segundo Germoglio, se os exames confirmarem a estabilidade do quadro, Lula estará liberado para retomar suas atividades em Brasília, embora com restrições, como evitar esforços físicos intensos.

Acidente doméstico e cirurgia de emergência

O acidente ocorreu enquanto Lula cortava as unhas no banheiro de sua casa. Durante a atividade, ele escorregou e bateu a cabeça na hidromassagem, o que provocou um sangramento grave.

“Foi um susto enorme. Os médicos disseram que eu precisava me cuidar, mas que tudo ficaria bem”, relatou Lula ao “Fantástico”.

Após exames de imagem, que incluíram tomografias e ressonâncias magnéticas, foi constatado que o impacto havia causado o acúmulo de sangue dentro de uma cápsula de três centímetros, localizada entre o osso do crânio e a dura-máter, uma das membranas das meninges.

A cirurgia foi realizada com urgência para remover o sangue acumulado. Os médicos instalaram um dreno para evitar novas complicações. Alguns dias depois, um segundo procedimento foi feito para reduzir o risco de novos sangramentos. “Introduzimos um catéter pela artéria femoral até a entrada da artéria da meninge, obstruindo o vaso com um material especial que funciona como uma gelatina”, explicou Kalil.

Lula mantém o otimismo

Apesar do susto, Lula demonstrou otimismo em relação à recuperação e destacou o apoio da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, durante o processo.

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“Eu tenho muita responsabilidade e disciplina. Vou seguir todas as orientações médicas para voltar ao trabalho o mais rápido possível”, afirmou o presidente.

Ele deve permanecer em São Paulo até a próxima quinta-feira (19), quando passará por uma nova avaliação médica. Caso os resultados sejam positivos, Lula planeja retornar a Brasília para reassumir suas atividades. “Vou continuar me cuidando, mas também estarei trabalhando normalmente”, garantiu.

Um caso de resiliência e atenção médica

O episódio reforça a importância da atenção médica em casos de acidentes domésticos que, apesar de parecerem simples, podem se transformar em situações graves. A rápida resposta dos médicos e a estrutura disponível em São Paulo foram determinantes para o sucesso do tratamento de Lula.

O presidente agora encara o período de recuperação como uma oportunidade de demonstrar disciplina e resiliência, tanto na vida pessoal quanto no exercício de suas funções no Palácio do Planalto.