Lulu Santos: ‘Não escrevo o que componho. As coisas devem ficar na memória’

Lulu Santos concedeu entrevista para o site do The Voice Brasil e falou sobre o processo de criação do disco Luiz Maurício, um álbum de inéditas que o cantor acaba de lançar após vários anos.

 

A elaboração foi minuciosa, prova disso que o projeto começou há quatro anos, conforme conta Lulu.

 

“Cheguei a realizá-lo por inteiro, mas olhava para o disco, via que ele tinha uma série de qualidades, mas não avançava o meu trabalho do jeito que eu supunha, e também não fazia um comentário sobre o estado das coisas, nem do pop brasileiro, nem da situação que se vive hoje”, explicou.

 

Além disso, ele lembra um episódio que lhe foi importante:

 

“Eu tive uma experiência muito estranha há uns 10 anos. Lancei um disco e, em seguida, comprei um disco de um artista. Botei para ouvir e disse: ‘Caramba! Eu lancei o disco errado’ (…) Quero que as minhas músicas tenham um diálogo com o que me influencia hoje em dia”, disse.

 

Sobre como compõe, Lulu revelou ser daqueles que gostam que as palavras lhe venham à memória enquanto toca.

 

“Eu não escrevo, eu sequer registro. As coisas têm que ser na memória. Porque, se não ficar na minha memória, dificilmente vai ficar na memória de outra pessoa”, contou.

 

Luiz Maurício, nome de batismo do cantor, também é o título da regravação que abre o disco. 

 

“Foi uma das primeiras canções que fiz para esse projeto e uma das que resistiu a esse tempo todo de balançar a roseira do álbum”, lembrou Lulu, prestes a completar quarenta anos de carreira.

 

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