Maitê Piragibe festeja sua volta à TV como protagonista na Record

Logo após o sucesso da minissérie bíblica Rei Davi, a Record não perdeu tempo e começou a produzir a próxima produção do gênero, José – De Escravo a Governador, que estreia em janeiro de 2013. Longe da televisão há três anos, Maitê Piragibe sentiu que era o momento certo para assumir um novo papel.

"Eu confio muito na equipe responsável e o papel é belíssimo. A personagem terá um olhar puro e bondoso e, ao mesmo tempo, uma grande força interna", comemora. 

Na trama, Azenate é uma sacerdotisa egípcia que vive entre a nobreza. O pai, Pentephres, interpretado por Eduardo Lago, é o braço direito do faraó e, com o tempo, ela se torna amiga da rainha Tany, de Bianca Rinaldi. Por causa da cultura local da época, começa a se preparar para, simbolicamente, casar com o deus Seth, conhecido por representar o caos e a destruição, e dedicar toda a sua vida a idolatrá-lo.

"Ela estuda para isso, mas, em algum momento, sofre com um certo conflito interno e desiste. O povo egípcio pressiona porque espera que o casamento possa acalmar o deus e trazer abundância para o Egito", conta.

Uma das razões para a mudança de planos será a paixão da sacerdotisa pelo escravo José, encarnado por Ângelo Paes Leme, papel central da trama. Assim como na história bíblica, o jovem decifrará alguns sonhos do faraó Apopi, vivido por Leonardo Vieira, e ganhará sua confiança, chegando a se tornar governador. Apesar de Azenate e José se aproximarem cada vez mais a partir daí, alguns problemas e diferenças serão empecilhos na relação dos dois.

"No início, é um amor proibido. E depois há outros conflitos.  Ela acredita em vários deuses; José é hebreu e tem fé em um deus único", explica. 

Para se preparar, Maitê teve aulas de história junto com o elenco e ainda fez uma pesquisa individual. Como sempre teve interesse na cultura egípcia, a atriz já tinha muitos livros em casa com dados e fotos sobre o assunto.

"Como essa é uma obra fechada e já sabemos a trajetória dos personagens, há uma segurança maior para eu fazer uma pesquisa e desenhar quem é essa mulher", opina.

O período de concepção do papel foi longo. Em maio, a atriz já havia sido chamada para interpretar a sacerdotisa e desde lá tem buscado referências.

"Precisei controlar a ansiedade de voltar à tevê porque senão eu criaria muita expectativa e chegaria armada para gravar. Achei que precisava investir em um processo de criação com doses homeopáticas", revela.   

Maitê já está há seis anos na Record. Antes, trabalhou por cinco na Globo, mas sempre com contratos por obra. Foi o caso de O Beijo do Vampiro, de 2002, e Como Uma Onda, de 2005. A ida para a Record aconteceu depois de a atriz passar nos testes que a escolheram para ser a protagonista Joana, em Vidas Opostas, exibida em 2006.

"Eu comecei a trabalhar muito cedo e nada veio fácil para mim. Naquele momento, estava preparada para essa responsabilidade. Assumir uma protagonista é, realmente, um divisor de águas na carreira de qualquer atriz", avalia Maitê, que fez a primeira peça aos 13 anos e estreou na tevê com 17, em Malhação.

Seu ltimo trabalho foi Promessas de Amor, de 2009, em que interpretou a vampira Nati. Há pouco tempo, ela chegou a ser cogitada para participar de Máscaras – que chegou ao fim em outubro deste ano – , mas, por causa da reprise de Vidas Opostas e do grande nmero de atrizes de peso no folhetim, decidiram postergar sua volta.

"Foi uma decisão estratégica e eu estou muito feliz que tenha sido assim. Acho que os personagens escolhem os atores que vão interpretá-los e eu já estava reservada para Azenate", brinca.

Maytê Piragibe já tem data para voltar a trabalhar