Maitê Proença: “A Globo cansou de mim”

Símbolo sexual dos anos 80, protagonista de sucessos como Dona Beija (1986), na Manchete, e Salvador da Pátria (1989), na Globo, Maitê Proença faz um desabafo durante entrevista à revista Isto É Gente,desta semana.

Afastada das novelas desde 2004, quando trabalhou na A Cor do Pecado (2004), na Globo, a atriz só voltou a fazer uma participação em A Lua Me Disse no ano passado, cuja personagem morreu na primeira semana.

“Eu poderia render mais. Mas não tenho ansiedade de que me escalem e não penso nisso. Seis meses atrás, a Globo me chamou e renovamos meu contrato até 2009. O problema é que eles esquecem de pessoas incríveis e depois as reelegem. Foi assim com a Ângela Vieira e a Eliane Giardini. A Globo cansou de mim”, diz.

Mesmo sem trabalhar na emissora carioca, a atriz acrescenta sua reação quando finalmente for chamada para atuar em alguma trama:
“Se a Globo me chamar para um trabalho, eu irei como um bom soldado. P. da vida, mas irei.”

A afirmação de Maitê parece ter a ver menos com possíveis mágoas e mais com o caminho alternativo à arte de interpretar que ela tomou. Atualmente a bela resolveu redigir, produzir e atuar na peça Achadas e Perdidas, que está em cartaz em São Paulo. Além de participar do programa de discussões Saia Justa, do canal a cabo GNT, e de escrever o livro Entre Ossos e a Escrita, publicado em 2004.

“Interpretar me ajudou a resolver sentimentos mal resolvidos. Pode-se dizer que salvou minha vida”, analisa ela.

A mãe de Maitê morreu assassinada por seu marido, quando a atriz tinha apenas 12 anos. Cerca de 19 anos depois, o pai de Maitê descobriu que tinha câncer e atirou duas vezes contra o próprio peito.