Maju Coutinho faz saudação simbólica ao falar de Chadwick Boseman

Por - 29/08/20 às 17:45

Reprodução/Instagram

Maju Coutinho chamou a atenção dos internautas, neste sábado (29), depois de prestar uma homenagem bastante simbólica a Chadwick Boseman, morto nessa sexta-feira (28) após uma luta de quatro anos contra um câncer de cólon.

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Durante a sua chamada ao vivo no programa É de Casa, a âncora noticiou o falecimento do astro e ao final, ela elogiou o filme Pantera Negra – no qual Boseman intepretou o protagonista – e fez o símbolo de cumprimento entre o povo de Wakanda, fictício país na África.

“É isso, Wakanda Forever. Eu assisti a esse filme, é muito bom”, disse ela.

No Instagram, Maju compartilhou omomento e lamentou a morte do artista mais uma vez.

"A passagem de Chadwick Boseman por esse mundão foi rápida, mas poderosíssima. Obrigada", conluiu.

Maju Coutinho lamentou a morte de Chadwick Boseman com uma saudação a Wakanda

Racismo

 

Maria Júlia Coutinho, a querida Maju, foi uma das convidadas da atração Em Pauta, na qual reuniu as jornalistas negras Zileide Silva, Flávia Oliveira, Lilian Ribeiro e Aline Midlej. Todas participaram do encontro na última quinta (3), exibido pelo canal GloboNews.

âncora do Jornal Hoje comentou sobre experiências racistas, pelas quais passou desde criança.

"O racismo é desde o nascimento, desde a infância. Eu tenho a lembrança desde pequena, desde criança, uma coleguinha ter perdido o estojo e ela decidiu que eu peguei. E eu lembro de experiências”, iniciou ela.

A apresentadora continuou com o relato, desta vez, falando de situações ocorridas na fase adulta.

“Eu já era adulta, estava no litoral, meus pais tem uma casa em Guaraqueçaba. Eu passei na rua sozinha e tinha um grupo de jovens brancos do lado da casa dos meus pais e acho que eles não sabiam que a gente tinha uma casa lá. E começaram brincadeiras, barulhos de macaco. Eu voltei revoltada pra casa dos meus pais, chorei, comentei, fiquei brava… mas eu voltei e estraguei a festa. Disse que não poderia acontecer, que era racista. Eles ficaram assustados", afirmou.

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Maju disse que até mesmo desenvolvendo seu ofício nas ruas, sofria discriminação.

"Muitas vezes você precisa ficar de microfone em punho para provar que é repórter mesmo", confessou.  

Por fim, ela descreveu o que aconteceu com o seu marido, o publicitário Agostinho Paulo Moura.

"Outra experiência que eu tive é que eu viajei com meu marido, negro, e ele saiu para passear a noite e eu não pude ir. Ele voltou radiante falando que pela primeira vez ele se sentiu livre por passar perto de senhoras e mulheres brancas e não sentir um olhar de repulsa e de medo. Essa experiência é das mortes, quantos parentes eu perdi mais cedo. O racismo mata, nos fere. Das violências diárias que a gente tem que olhar e enfrentar. E esse enfrentar é um gasto de energia muito para não sucumbir e manter a cabeça erguida", concluiu.

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