Malu Rodrigues fala dos conflitos de geração dentro e fora da TV

Por - 05/07/13 às 18:41

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticias

Amadurecer é uma prova de fogo para qualquer adolescente. Principalmente, a passagem para os 20 anos, onde, além de traçar rumos profissionais, é preciso encarar as dificuldades do cotidiano de frente. De forma antagônica, aos 19 anos, Malu Rodrigues vivencia esse momento de crescimento pessoal e profissional dentro e fora da tevê. Na pele da despojada Bia, de Tapas & Beijos, a atriz mergulha no universo de uma jovem que demorou a entender a separação dos pais e a aceitar uma nova madrasta, mas que agora começa a trabalhar para garantir seu sustento. Fora dos estúdios, a atriz lida com as incertezas da profissão que escolheu.

"Apesar de termos a mesma idade, minha personagem sempre foi mais imatura do que eu. Sempre tive foco nas escolhas e nas oportunidades profissionais que apareceram. Ela agora está passando por isso. E olha que legal, assim como eu, através do canto", ressalta.

A empolgação de Malu com as novas nuances de Bia na terceira temporada do seriado é evidente. Tudo porque, além de trabalhar no restaurante de Chalita, de Flávio Migliaccio, a personagem começou a cantar na La Conga, boate nada comportada e comandada por seu pai, Jorge, de Fábio Assunção.

"Foi uma brincadeira do (autor) Claudio Paiva e do (diretor) Maurício Farias. Eles foram me assistir no teatro e me perguntaram se eu conseguiria cantar fora do contexto de um musical. Respondi: 'canto qualquer coisa'", explica, aos risos.

No caso de Malu, a intimidade com falsetes, graves e agudos vem desde a infância. E se intensificou com a ajuda dos "papas" dos espetáculos musicais em terras brasileiras, Charles Möeller e Claudio Botelho, que já a dirigiram em versões premiadas de clássicos como O Despertar da Primavera, A Noviça Rebelde, Um Violinista no Telhado e, mais recentemente, O Mágico de Oz.

"Minha prioridade sempre foi a música, em especial, os musicais. Mas não é por isso que eu vou fechar as portas para outras formas de atuação", analisa.

Incentivada pela família e pelo meio teatral, Malu começou a fazer testes para a tevê e estreou no especial O Pequeno Alquimista, de 2004. Na sequência, atuou em pequenos papéis em séries como JK e novelas como Três Irmãs. Até que seu rosto angelical e olhos profundamente azuis foram vistos pela produção de Tapas & Beijos e considerados perfeitos por se assemelharem ao perfil de Fábio Assunção.

"É uma delícia fazer parte da série. Fui chamada para apenas uma participação. Mas outras cenas foram aparecendo e fui ficando", valoriza.

O esquema de gravação de Tapas & Beijos, inclusive, é outro ponto que chama a atenção de Malu. Por gravar apenas de segunda a quinta, a atriz está sempre livre nos dias mais tradicionais do teatro.

"Raramente gravamos às sextas. E mesmo que tenha alguma cena por fazer, a equipe é muito gentil comigo e me libera", confidencia.

Dedicada apenas ao seriado no momento, Malu vem de um primeiro semestre bem conturbado, onde teve de conciliar as gravações nos estúdios do Projac – no Rio de Janeiro – com as apresentações de O Mágico de Oz, em São Paulo, e as filmagens de Confissões de Adolescente, longa de Daniel Filho inspirado na série dos anos 1990.

"É mais um trabalho que aborda o amadurecimento, só que de forma mais crua e realista", adianta.

O filme, que deve estrear até o final do ano, revelou para Malu um novo processo de trabalho.

"O Daniel queria algo bem natural e espontâneo. Sendo assim, a gente chegava no 'set', lia o roteiro e filmava. Sem muito ensaio ou estudo. Foi um aprendizado difícil, mas interessante", elogia a atriz, que já torce pela possibilidade de uma quarta temporada de Tapas & Beijos e planeja sua volta aos musicais no ano que vem.

"Sou muito nova. Tenho mais é que trabalhar", destaca, com sorriso no rosto.

Malu Rodrigues não gosta de se ver em cena

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