Mar do Sertão promete repetir sucesso de outras produções ambientadas no nordeste

Por - 22/08/22 às 08:00

Cenas de novelas ambientadas no sertãoNovelas ambientadas no sertão nordestino sempre fazem sucesso - Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira, 22 de agosto, estreia “Mar do Sertão”, novela de Mário Teixeira que vai ocupar a faixa das 18h, marcando a volta de nomes como Débora Bloch e a estreia como protagonista de Isadora Cruz, pretendendo manter a tradição de tramas ambientadas no sertão nordestino, em geral uma garantia de sucesso.

Da abertura pitoresca, passando pela trilha musical que embaralha acordes de canções populares, à inspiração nos figurinos e novos bordões que estão por vir, a expectativa é grande.

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O nordeste, por sua diversidade de manifestações populares, propicia a criação de lugares fictícios e até experimentos na linguagem da teledramaturgia. Seja na TV, no cinema ou na literatura, o imaginário que cerca a região como sendo a terra das lendas, dos cangaceiros, dos jagunços, dos vaqueiros e líderes religiosos sempre causa curiosidade e faz sucesso.

A região do Nordeste chamada sertão, que engloba alguns estados nordestinos de paisagem árida e vegetação características, costuma render belas imagens diante do contraste visual e natural da seca com o Rio São Francisco.

Relembre conosco algumas dessas produções:

NOVELAS

Jerônimo, o Herói do Sertão (1972/ TV Tupi)
Em 255 capítulos escritos por Moysés Weltman, foi uma série baseada na radionovela homônima, produzida em 1953. Na trama, a cidade de Cerro Bravo, interior paulista, é dominada pelo Coronel Saturnino Bragança, um rico fazendeiro que, com a ajuda de seus capangas, toma terras e obriga outros fazendeiros a entregarem suas propriedades sob a alegação de que suas escrituras são falsas.

Já que todos temem o coronel, inclusive o prefeito, apenas um misterioso cavaleiro que se esconde na mata é capaz de ajudar o povo da região: Jerônimo (Francisco di Franco), o herói do sertão. Ao lado da noiva Aninha (Eva Christian) e do Moleque Saci (Canarinho), eles enfrentam as injustiças sociais pondo os inimigos para correr a toque de bala.

Cena com os protagonistas do filme Jerônimo  o Herói do Sertão
A primeira produção com o sertão como cenário – Foto: Divulgação

Mandacaru (1997/ TV Manchete)

A história, inspirada no cangaço, se passa na fictícia cidade de Jatobá no violento sertão de 1938, ano em que Lampião foi assassinado. A trama apresenta o universo nordestino sob a ótica dos cangaceiros e faz um resgate histórico da região quando a repressão do Estado Novo de Getúlio Vargas anunciava o fim do cangaço.

O fogo cruzado ocorria paralelamente ao triângulo amoroso entre o perigoso Tirana (Victor Wagner), Juliana (Carla Regina), a filha de Honorato (Jonas Mello) importante coronel da região de Jatobá, e Aquiles (Murilo Rosa), um tenente disposto a tudo para acabar com o banditismo no interior do Nordeste.

A mocinha é arrancada do altar pelo bandido durante seu casamento com Dr. Edgar (Jandir Ferrari), o médico da cidade pelo qual ela nada sente. Sequestrada, Juliana acaba se apaixonando pelo vilão.

A trama – que em 2006 acabou sendo reprisada na Bandeirantes, mantendo bons índices de audiência – era pontuada por superstições, sexo e misticismo, mostrava a questão da terra, a repressão policial, os coronéis que não queriam mudanças, o sertanejo sofrendo com a miséria e o banditismo. A novela ainda explorou as crendices do folclore nordestino e fanatismo religioso, representado por Frei Dodô (Guilherme Piva) e o padre Waldeck (Carlos Alberto)

A novela teve participações de Marília PêraAgildo Ribeiro, Elba Ramalho, Alexia Dechamps e Antônio Grassi, contudo o grande destaque foi mesmo o hilário personagem Zebedeu, de Benvindo Siqueira.

Gabriela (1975/ remake em 2012/ TV Globo)
A novela de Walter George Dust, adaptação do romance clássico de Jorge Amado, “Gabriela Cravo e Canela” retratava a vida de Gabriela da Silva (Sonia Braga), simples moça do sertão baiano que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina, com seu tio e mais dois jagunços. O tio não resiste e morre no meio do caminho. Moça sofrida, porém muito alegre, seduzia os homens sem querer, como o estrangeiro chamado Nacib (Armando Bógus) que além de ter sido seu patrão em seu bar, o Vesúvio, não aceitava seu comportamento, ora ingênuo, ora loucamente sensual. Gabriela era uma morena brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos, e muito trabalhadora.

Na adaptação de Walcyr Carrasco, Gabriela era interpretada por Juliana Paes e o árabe Nacib, Humberto Martins. O bom moço Mundinho, papel de José Wilker na novela, passou a ser de Marcelo Serrado no remake. Na época da exibição, Juliana afirmou que protagonizar “Gabriela” havia sido o trabalho mais difícil de sua trajetória. Ela recebeu muitas críticas, mas houve também elogios.

Juliana Paes caracterizada como Gabriela, agachada no chão,
Juliana Paes protagonizou a série de TV – Foto: TV Globo/ Estevam Avelar

Cordel Encantado (2011 – TV Globo)
A novela de Thelma Guedes e Duca Rachid foi um sucesso total. Destacava a união do encantamento da realeza europeia com as lendas heroicas do sertão brasileiro representada pelo romance de Açucena (Bianca Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no Nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu; e Jesuíno (Cauã Reymond), jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais temido da região.

Os reis de Seráfia do Norte, Augusto (Carmo Dalla Vecchia) – vale destacar que o ator não poupou elogios ao texto da novela – e Cristina (Alinne Moraes), e a bebê Aurora, viajam ao Brasil em busca de um tesouro escondido pelo fundador de seu reino, Dom Serafim. Na viagem, Cristina e sua filha são vítimas de uma emboscada arquitetada pela Duquesa Úrsula de Bragança (Débora Bloch), que cobiça o lugar da rainha e de sua filha. Antes de morrer, Cristina salva Aurora e a entrega para ser criada por um casal de lavradores, que a batiza com o nome de Açucena. Desolado, o rei volta para Seráfia acreditando que sua mulher e sua filha morreram.

Na mesma região, mas em um outro contexto, o cangaceiro Herculano (Domingos Montagner), preocupado com a segurança de seu filho, deixa o pequeno Jesuíno e sua mulher Benvinda (Cláudia Ohana) em uma fazenda. Após se certificar que os dois ficarão protegidos pelo anonimato de suas origens, o líder do cangaço parte e promete voltar quando seu filho for um homem adulto, pronto para a vida no cangaço em seu bando.

Bruno Gagliasso de terno branco,sendo puxado pelo colarinho por  Domingos Montagner, que está de roupa de cangaceiro, em cena da novela Cordel Encantado
‘Cordel Encantado’ foi um dos grandes sucessos da teledramaturgia – Foto: TV Globo

Velho Chico (2016/ TV Globo)
A trama de Benedito Ruy Barbosa escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa se passa no sertão nordestino e narra uma saga de amor marcada por uma intensa rivalidade familiar à beira do Rio São Francisco.

Afrânio (Rodrigo Santoro/Antônio Fagundes), filho do poderoso Coronel Jacinto (Antônio Fagundes), herda o patrimônio e o status de poder com a morte do pai. Manipulador, ele tenta evitar o amor proibido do revolucionário Santo (Rogerinho Costa/Renato Góes/Domingos Montagner), e sua filha Tereza (Isabella Aguiar/Julia Dalavia/Camila Pitanga).

A novela foi a última de Domingos Montagner, que morreu afogado após dar um mergulho no Rio São Francisco. aos 54 anos, no auge da careira.

Domingos Montagner sem camisa com Camila Pitanga, de camiseta, , em cena da novela Velho Chico
Domingos Montagner e Camila Pitanga era um casal em total sintonia na trama – Foto: Reprodução/ TV Globo

SÉRIES E MINISSÉRIES

Lampião e Maria Bonita (1982 / TV Globo)
Primeira minissérie produzida pela TV Globo, de Aguinaldo Silva e Doc Comparato, se baseia nos últimos seis meses de vida de Virgulino Ferreira da Silva (Nelson Xavier), o Lampião, pernambucano que se transformou em personagem mítico, símbolo do cangaço brasileiro, entre os anos 1920 e 1930.

A minissérie enfoca os dois aspectos do protagonista: o líder sanguinário, combatido pelas autoridades, e o herói, como era visto por parte da população do sertão nordestino. Praticamente cego do olho direito, Lampião andava manquejando, devido a um tiro que levou no pé esquerdo durante um conflito. Em suas andanças, conheceu Maria Bonita (Tânia Alves), a primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaceiros, com quem teve uma filha, Expedita (Adriana Barbosa).

A trama inicia com o sequestro do geólogo inglês Steve Chandler (Michael Menaugh) pelo bando de Lampião. Para negociar o resgate com o governo da Bahia, o cangaceiro usa Joana Bezerra (Regina Dourado) como intermediária. O bilhete, no qual é pedido 40 mil contos de réis em troca da vida do geólogo, cai nas mãos do sargento Libório (Roberto Bonfim). O governo do estado decide enviar tropas comandadas pelo tenente Zé Rufino (José Dumont), perseguidor de Lampião, para capturar o bandido.

Nélson Xavier (Lampião) e Tânia Alves (Maria Bonita), caracterizados
Nélson Xavier e Tânia Alves incorporaram fielmente os personagens – Foto: Divulgação

Padre Cícero (1984/ TV Globo)
Minissérie de Aguinaldo Silva e Doc Comparato, gravada durante três meses num povoado do interior da Bahia e contou também com cenas rodadas em Alagoas e Pernambuco. Ao escolher o então povoado de Juazeiro (CE) para cumprir sua missão, o religioso conquista prestígio político e uma legião de seguidores com seu trabalho pastoral, que inclui noções de higiene, nutrição e cultivo da terra.

Ao padre Cícero (Stênio Garcia) também é atribuída a cura de fiéis. Mas o poder e a influência de dele desagradam às autoridades eclesiásticas. Seu maior antagonista é Dom Joaquim (Cláudio Cavalcanti), que, temendo que seja criada uma nova corrente religiosa, o acusa de desobedecer às normas da Igreja. Com o aval de seu superior, Dom Alexandrino (Helber Rangel), e o apoio do cardeal Arcoverde (Jorge Cherques), decidem enfraquecer os padres do sertão que, para eles, colocam em perigo a supremacia da Igreja Católica.

Um dossiê sobre padre Cícero é enviado então ao Vaticano, e o papa Leão XIII exige que o clérigo renuncie publicamente aos milagres a ele atribuídos. Os desentendimentos do padre com os chefes políticos do município de Crato culminam com um movimento armado, quando Franco Rabelo (José Dumont), presidente do estado do Ceará, é deposto. Padre Cícero morre aos 90 anos, sem o perdão da Igreja, mas adorado pelo povo.

Stênio Garcia caracterizado como Padre Cícero
Stênio Garcia protagonizou a produção – Foto: Divulgação

Grande Sertão: Veredas (1995/ TV Globo)      
Escrita por Walter George Durst, inspirada no romance de Guimarães Rosa, a minissérie de 25 capítulos se passa nas primeiras décadas do séc. 20 e acompanha a narrativa de Riobaldo (Tony Ramos) que, por meio de suas andanças, personifica a aspereza sertaneja e se transforma em uma espécie de mito.

Ele narra as heroicas lutas dos bandos de jagunços, repletas de tramas com vinganças, amores e mortes. Riobaldo e o bravo Reinaldo (Bruna Lombardi) – ou Diadorim, como também é chamado o histórico personagem – são amigos há muito tempo e compartilham o fascínio pelas aventuras no sertão de Minas Gerais. Os fortes laços entre os dois perturbam Riobaldo, que, mesmo assim, cultiva a relação, cuja pureza contrasta com a aridez sertaneja. Mas existe um segredo que Riobaldo ignora: Reinaldo é, na verdade, Maria Deodorina da Fé Bittencourt Marins. Valente e destemida, ela finge ser homem e se mistura aos jagunços para fugir do destino da mulher sertaneja, sempre infeliz e marginalizada.

Além do casal protagonista, o elenco ainda contava com Tarcísio Meira, Mário Lago e Taumaturgo Ferreira.

Bruna Lombardi de chapéu de cangaceira, caracterizada como Diadorim, cercada de homens, ente eles, Tony Ramos, também caracterizado
Bruna Lombardi vivia uma mulher que se passava por homem – Foto: Divulgação

Amores Roubados (2014)
Adaptada do romance de Carneiro Vilela “A Emparedada da Rua Nova”, a série fez sucesso retumbante, com ótimos índices de audiência na estreia. Conta a história de Leandro (Cauã Reymond), um homem jovem e sedutor que volta ao sertão que trabalha como Sommelier.

Filho da ex-prostituta Carolina (Cassia Kis), ele se envolve com três mulheres: as senhoras casadas Celeste (Dira Paes) e Isabel (Patrícia Pillar), e com a solteira Antonia (Isis Valverde), filha de Isabel.

Com as mulheres mais velhas, ele constrói um relacionamento selvagem e sem intenções românticas, diferentemente da última, com quem constrói um sentimento mais forte. O caminho de Leandro começa a ficar estreito quando Jaime (Murilo Benício), marido de Isabel e pai de Antonia, desconfia do rapaz.

Isis Valverde sendo levada nas costas por Cauã Reymond, em cena da série Amores Roubados
Isis Valverde e Cauã Reymond viveram par romântico na série – Foto: Divulgação/ TV Globo

Entre Irmãs (2017/ TV Globo)
Em quatro episódios, a minissérie é um desdobramento do filme homônimo lançado com festa pelas atrizes, escrito por Patrícia Andrade e dirigido por Breno Silveira. No sertão de Pernambuco dos anos 30, a sonhadora Emília (Marjorie Estiano) quer se mudar daa pequena Taguaritinga do Norte para a cidade grande, enquanto sua irmã Luzia (Nanda Costa) se conforma com a realidade, convivendo com um braço atrofiado, por ter caído de uma árvore quando criança.

Criadas pela tia Sofia (Cyria Coentro), que ensinou as duas a costurar, elas são separadas ainda jovens. A vida destas três mulheres muda por completo quando o cangaceiro Carcará (Júlio Machado) cruza seu caminho, obrigando-as a costurar para o bando que lidera.

Marjorie Estiano, Cyria Coentro e Nanda Costa, sentadas, de saia e blusa nude, em cena do filme Entre Irmãs
Marjorie e Nanda são criadas pela tia, vivida por Cyria, no filme – Foto: Divulgação

Hoje é Dia de Maria (2005/ TV Globo)
Inspirada em texto do dramaturgo Carlos Alberto Soffredini, a trama dirigida por Luiz Fernando Carvalho recorreu a elementos folclóricos e míticos, presentes em contos populares compilados por Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Sílvio Romero, para contar as aventuras da doce Maria (Carolina Oliveira), é uma garota órfã que sofre com as maldades da madrasta. Ela decide fugir em busca das franjas do mar e faz um longo passeio pelos contos populares brasileiros. Em sua viagem, Maria encontra vários personagens fantásticos no sertão.

Na fase em que Maria (Letícia Sabatella) está crescida, a história ganha outros dois personagens: os irmãos saltimbancos Quirino (Daniel de Oliveira) e Rosa (Inês Peixoto). Maria se junta aos dois, e eles passam a levar alegria para o povo em troca de moedas. Tudo parecia correr bem até que Quirino se apaixona por Maria. Ele sofre de ciúmes ao vê-la nos braços de Amado (Rodrigo Santoro). 

Fernanda Montenegro participou da minissérie nas duas fases: a primeira, como madrasta de Maria e na segunda como Dona Cabeça, que teve um perfil mal-humorado e vivia em conflito com seu companheiro Pato (Rodolfo Vaz).

“Para mim, foi algo maravilhoso. Trabalhar com Luiz Fernando foi algo de que nunca me esquecerei. E já avisei que quero estar em muitos e muitos outros projetos assinados por ele. Nunca se viu algo tão novo e diferente na televisão e ele soube, como ninguém, agradar a todos. Foi muito prazeroso”, disse a veterana.

Carolina Oliveira em cena da série 'Hoje é Dia de Maria"
Carolina Oliveira protagoniza a série lúdica – Foto: TV Globo

FILMES

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
O sertanejo Manuel (Geraldo Del Rey) bate de frente com as ordens impostas pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e mata o militar em uma briga. Com a perseguição de aliados do coronel, Manuel e sua esposa Rosa (Yoná Magalhães) fogem e se juntam a uma seita católica liderada pelo beato Sebastião (Lídio Silva).

Os rituais do religioso são místicos e garantem o fim do sofrimento, mas Rosa acaba por presenciar a morte de uma criança e mata Sebastião. Ao mesmo tempo, um pistoleiro é contratado pela Igreja Católica e donos de terra da região para exterminar quem ainda seguia a seita religiosa.

O longa de Glauber Rocha, um dos criadores do Cinema Novo acusado injustamente de ter apoiado a ditadura militar, é considerado um dos maiores êxitos da história da Sétima Arte.

O Auto da Compadecida (2000)
Em uma adaptação da obra do escritor pernambucano Ariano Suassuna, as façanhas oriundas de pouco trabalho e muita malandragem de João Grilo (Matheus Natchergaele), um pobre sonhador que tenta arrumar jeito para tudo, e Chicó (Selton Mello), um mentiroso acovardado que se apaixona pela mulher de um major da pequena cidade de Taperoá, no sertão da Paraíba, são postas à prova por Nossa Senhora, a Compadecida, estrelada por Fernanda Montenegro.

No último mês de junho, o filme “O Auto da Compadecida” foi exibido na “Sessão da Tarde”, na Globo, com grande êxito.

Fernanda Montenegro, como Nossa Senhora, e Maurício Gonçalves como Jesus, em O Auto da Compadecida
Fernanda Montenegro, como Nossa Senhora, e Maurício Gonçalves como Jesus – Foto: Divulgação

Deus é Brasileiro (2003)
Com direção de Guel Arraes, Deus (Antônio Fagundes) busca um substituto para ocupar o cargo durante suas férias. Decepcionado com os erros cometidos pela humanidade, o Todo Poderoso decide descansar em um lugar distante do mundo que ele mesmo criou e busca, no Brasil, um país religioso que ainda não tinha santo reconhecido de forma oficial pelo Vaticano, seu suplente.

Na missão, Deus vai roda o país e tem como companheiro o astuto borracheiro e pescador Taoca (Wagner Moura), que vê na figura real do salvador uma solução para seus problemas.

Uma boa notícia para quem assistiu e curtiu: Antônio Fagundes deixou escapar, em uma live durante a pandemia, que está mais do que confirmada a continuação do longa-metragem.

Lisbela e o Prisioneiro (2003)
Uma das produções mais vistas na TV no ano de 2006, quando saiu da telona para a telinha, o filme conta a história da moça romântica do interior nordestino, Lisbela (Débora Falabella) é apaixonada por cinema. Quando uma peça de teatro mambembe chega à cidade apresentando a “Paixão de Cristo”, a jovem, que já tem seu casamento marcado com Douglas (Bruno Garcia), se encanta por Leléu (Selton Mello), um aventureiro que viaja a bordo de um caminhãozinho ganhando a vida como vendedor de produtos duvidosos.

O chefe da polícia da localidade é o Tenente Guedes (André Mattos), pai de Lisbela, que desaprova o romance da filha com aquele que também é perseguido e jurado de morte pelo cangaceiro Frederico Evandro (Marco Nanini), pois se envolveu com a esposa do camponês valente.

Debora Falabella e Selton Mello em um carro, em cena do filme 'Lisbela e o Prisioneiro'
Debora Falabella interpretou a mocinha louca por cinema – Foto: Divulgação

Bacurau (2019)
Dirigido por Kleber Mendonça Filho, o filme que ganhou três prêmios em Cannes conta que o pequeno povoado do sertão pernambucano desapareceu de forma misteriosa de todos os mapas no dia seguinte à morte de Dona Carmelita, uma habitante quase centenária do vilarejo. A partir deste momento, um grupo de moradores do local tenta reagir após notar que, por acontecimentos como o sobrevoo de drones, a chegada de estrangeiros e alguns assassinatos, o vilarejo está sendo atacado.

No elenco estão Sônia Braga, Bárbara Colen, Thomas Aquino, Wilson Rabelo e o ator Silvero Pereira, que reuniu a família para levar ao cinema e conferir o filme.

Silvero Pereira sem camisa, em cena do filme Bacurau
Silvero Pereira é um dos destaques de ‘Bacurau’ – Foto: Divulgação

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino