Marcelo Adnet sobre imitações de Bolsonaro: ‘Necessário’

Por - 18/08/20 às 17:41

Reprodução/Instagram

Marcelo Adnet é um dos humoristas mais conhecidos do Brasil, muito conhecido por seus programas e piadas de sátira.

Muito lembrado por suas imitações, ele ficou bastante conhecido entre o público por conta de sua versão humorística de Jair Bolsonaro em diversos programas.

Durante sua entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura, ele afirmou que enxerga isso, assim como o humor em geral, como uma necessidade para que seja feita uma crítica social.

“Acho que o Bolsonaro sempre esteve em alta. Esse homem que era louco, solitário… Esse cara que ficava na frente do Congresso, que diz ‘não foi uma ditadura’… Esse lunático, que foi abraçado pela classe política, foi eleito o representante”, afirmou ele durante o programa.

“Ele sempre esteve em alta, falar contra ele sempre foi perigoso, houve reação violenta. É estressante, mas necessário. Não sou dono da verdade, nunca fui, estou pronto para ouvir e mudar, mas tenho minhas convicções e tenho que ser fiel a elas”, continuou ele.

“Quanto mais uma figura que eu considero perigosa subir, maior meu ímpeto. Faço esse programa em casa para minha saúde mental também, para botar para fora o que sinto”, completou Marcelo Adnet.

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Adnet sobre Marcius Melhem: “Minha opinião é da dúvida”

Na mesma entrevista, Adnet disse que não gostou da imitação que seu colega Marvio Lúcio, o Carioca, fez em frente ao Palácio do Governo. Na ocasião o presidente Jair Bolsonaro usou o ex-participante do Pânico para imitá-lo e responder (de forma debochada) aos repórteres que o aguardavam:

"Eu não gosto desse tipo de humor. Quem estava sendo sacaneado? Nós, a imprensa, quem gostaria de ouvir da autoridade máxima uma colocação. Eu não achei graça, não acho isso bacana, porque você está fazendo humor junto do poder. Apontando o humor para baixo. Os próprios internautas e audiência se encarregaram de fazer essa crítica e medir. Não acho que foi muito bacana, embora ele seja muito talentoso. Foi um episódio que não achei graça, não faria", revelou.

E o tema demissão de Marcius Melhem também foi levantado pelos membros da bancada do programa. Marcelo, que era parceiro do humorista em alguns projetos da Globo, disse que não teria informações suficientes e que também não era juiz para acusar o amigo.

"Eu acho uma coisa inadmissível. Eu fui abusado duas vezes e sei como as vítimas sofrem. Portanto, não tenho poder de polícia, porque minha opinião é da dúvida. Quando nos apressamos em dar uma opinião, condenatória ou não, estamos sendo levianos", pontuou.

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