Marcelo Medici: ‘Fui do medo do plano espiritual à sensação de receber proteção lá de cima’

Por - 07/05/15 às 18:47

Divulgação/TV Globo/João Miguel Júnior

Marcelo Medici terminou de gravar suas cenas como Castilho, o médico que aparece em espírito na novela Alto Astral. O ator, autor e diretor de 43 anos, já fez parte de grandes sucessos na TV, como o personagem Zóinho em A Praça é Nossa (2001), Belíssima (2005), Sete Pecados (2007), Passione (2010), O Canto da Sereia (2013), entre outros.

No teatro, arranca risadas quando faz temporadas com o sucesso Cada um Com Seus Pobrema, que há tempos ganhou a versão Cada Dois com Seus Pobrema.

Com seu jeitão simples, simpatia é o que não falta na vida de Médici, que conversou com reportagem de O Fuxico e contou que, para interpretar Castilho, em Alto Astral, primeiro veio o medo e depois a bênção de um personagem muito especial. Ele também falou de alguns trabalhos futuros, como um convite para uma nova novela que ele ainda não pode contar qual é, alguns dias de férias entre as gravações da temporada do Vai que Cola, do canal pago Multishow e a volta ao teatro.

O Fuxico – Você disse que teve medo do plano espiritual e agora tem a sensação de receber a proteção ‘lá de cima’. Como você vê isso agora, com o final da novela? Encara com menos medo?  

Marcelo Medici:

Marcelo Médici – Em TV temos muitas colaborações nos nossos trabalhos: figurino, caracterização, adereços e a concepção que o diretor tem de um personagem, muitas vezes não vai de encontro ao que nós atores imaginamos. Fora isso, novela é uma obra aberta. Comecei esse trabalho morrendo de medo do plano espiritual. E tinha medo que o Castilho se tornasse meio chato por cobrar que o Caíque aceitasse a mediunidade dele, que cumprisse sua missão. E o publico desde o começo ficou ao lado do Castilho. Termino esse trabalho com a nítida sensação de ter recebido uma grande proteção lá de cima.

OF – Que tipo de proteção você sente?

MM – Me senti protegido justamente por essa aceitação imediata do público, sinal que estava no caminho certo.

OF – Você segue a doutrina Espírita?

MM – Não exatamente.  Tive formação católica, mas como todo brasileiro tenho muita simpatia pela doutrina Espírita. De todas as religiões é a que, na minha opinião, traz o maior conforto no que diz respeito à morte, encarnações. É uma religião que deixa claro que nos encontraremos novamente com as pessoas que amamos. E isso é lindo e reconfortante.

OF – Para o Castilho chegou a frequentar centros da doutrina Espírita e conversar com alguns médiuns?

MM – Não. Segui apenas as indicações do texto e procurei dar a ele humanidade, apesar de ser um espirito. Queria que ele fosse próximo, real, não um ser etéreo, com ar superior.

OF – O que mais gostou nesse personagem?

MM – Ele tinha uma missão a cumprir, mas dependia também do Caíque. A missão era que ambos ajudassem pessoas menos favorecidas em cirurgias espirituais, algo que ficaram devendo na vida passada. Eles brigaram, se irritaram um com o outro, mas quando Caíque pediu que o Castilho se afastasse, ele foi embora. Ou seja, nada foi forçado. Nada que é forcado é legitimado. Nos tempos de hoje, ser generoso não está na moda. Castilho tinha interesse na evolução do Caíque, pois assim também estaria evoluindo, mas acima de qualquer coisa, a evolução precisaria ser real, não imposta nem manipulada. E assim aconteceu. Durante uma novela inteira, interpretar um personagem que é absolutamente voltado a outro, foi uma experiência interessante.

OF – Com o final desta, já tem alguma proposta para uma próxima novela?

MM – Tenho convite para outra novela, mas ela só deve começar daqui dois anos. Foi um convite, ainda não posso falar nada, pois nada foi acertado definitivamente. Com o fim da novela, gravo a terceira temporada do programa Vai Que Cola

OF – Não pode falar nadinha mesmo do convite?

MM – Posso adiantar que fiquei muito feliz com o convite da novela, pois partiu de pessoas que admiro muito. E assim com admiração, o trabalho fica bem mais fácil. E só!

OF – Vai tirar alguns dias de férias?

MM – Tiro umas ferias de uns 15 dias, estou ha dois anos sem descansar.

OF – E depois?

MM – Depois volto para o teatro. Em agosto, volto com Cada Dois Com Seus Pobrema, ao lado de Ricardo Rathsam. Ficamos 3 meses em cartaz, com ingressos esgotados na primeira semana. Estou morrendo de saudade do palco. Fora isso, tenho projeto de mais 3 espetáculos!

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