Márcio Kieling diz que Malhação foi seu divisor de águas na carreira
Por Redação - 18/08/13 às 13:35
Alguns personagens marcam a vida de seus intérpretes. Seja pela repercussão que alcançam entre o público – se transformando em um divisor de águas em sua carreira –, ou simplesmente pela afeição que desperta no ator. No caso de Márcio Kieling, o papel que marcou sua trajetória foi também seu primeiro trabalho na televisão. Atualmente no ar em Dona Xepa, na pele de Vitor Hugo, ele destaca Perereca, seu papel na temporada de 1999 de Malhação, como seu grande personagem na teledramaturgia.
"Marcou minha carreira e marca até hoje. Muita gente não lembra do meu nome e lembra que eu fiz o Perereca de Malhação. Foi um trabalho que acompanhou uma geração e eu virei referência", gaba-se.
Em Dona Xepa, seu nono trabalho na tevê, Márcio interpreta o típico "bom moço". De família tradicional, rico, bonito e com um caráter nobre, Vitor Hugo acaba se transformando no alvo perfeito para a vilã Rosália, encarnada por Thaís Fersoza. Determinada a dar um "golpe do ba" no rapaz, a alpinista social não mede esforços para ficar com ele.
"As pessoas imaginam que, por ele ser rico, automaticamente já é um 'playboy' do mau. Mas o Vitor é um cara que não existe em qualquer lugar, porque é trabalhador e totalmente família. Por isso, digo que ele é um homem diferente", acredita.
O Fuxico: Dona Xepa é, originalmente, uma peça escrita por Pedro Bloch nos anos 1950. E sua história já foi usada em duas novelas, a primeira homônima ao espetáculo, exibida em 1977, e depois em Lua Cheia de Amor, de 1990. Você chegou a assistir às primeiras versões na hora de compor seu personagem?
Márcio Kieling: – Não busquei referência nenhuma. Até porque a versão de Dona Xepa da Record é uma novela atual, e as referências do passado não se adequam aos dias de hoje. Por isso, não tive uma composição muito elaborada na hora de construir o Vitor Hugo. Vou mais pelos meus instintos e intuição na busca por uma atuação bem naturalista.
OF: O Vitor Hugo é o seu papel de maior visibilidade dentro da Record. Como você analisa essa empreitada?
MK: A importância do Vitor Hugo em Dona Xepa foi um dos fatores que mais me atraiu para o papel. É sempre bom ter um personagem com grande participação na trama porque você consegue mostrar mais o seu trabalho. E me dou muito bem com pressão, porque consigo administrar a cobrança. Além disso, gosto muito de estar em cena.
OF: Você destaca o Perereca, de Malhação, como o grande personagem da sua carreira. E a temporada que você participou está sendo exibida, atualmente, no canal pago Viva. Você costuma ser muito autocrítico ao assistir seus trabalhos antigos?
MK: Sou muito autocrítico. Porém, depois que você está há muitos anos fazendo televisão, aprende a desapegar um pouco. Mas eu gosto de ver, por exemplo, as sequências que eu gravo em Dona Xepa, para saber como estou em cena. Preciso ver se o tom do personagem está bom, acima ou abaixo do que quero passar.
OF: Em 2005, você ganhou uma grande visibilidade ao interpretar o cantor sertanejo Zezé Di Camargo no longa 2 Filhos de Francisco. Como foi essa experiência?
MK: Na verdade, o longa 2 Filhos de Francisco despertou em mim uma grande paixão pela sétima arte. Foi por causa dele que entrei na faculdade de Cinema. Percebi que gosto de estar não apenas na frente das câmaras, mas nos bastidores também. Comecei a me interessar por fotografia, edição e direção. E hoje tenho o sonho de fazer um longa-metragem.
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