Márcio Kieling não fez testes para personagem em Dona Xepa
Por Redação - 05/05/13 às 14:03
O jeito tranquilo e a fala mansa não combinam muito com a voracidade com que Márcio Kieling leva sua carreira. Desde 2006 na Record, o ator buscou ficar longe da tevê o menor tempo possível e emendar trabalhos. De lá para cá, acumulou quatro novelas e uma minissérie bíblica. E foi sua inquietude que o levou até o papel do boa praça Vitor Hugo, de Dona Xepa, próxima trama da Record, que tem estreia prevista para maio. Assim que soube da escalação de elenco, Márcio não se intimidou em enviar um e-mail para o diretor Ivan Zettel comunicando sua disponibilidade.
''Corri atrás mesmo. Foi um convite muito bacana da direção. Me coloquei disponível para teste, mas não foi necessário'', afirma.
Na adaptação de Gustavo Reiz, Márcio vive o filho dos personagens Meg e Júlio Cesar Pantaleão, interpretados por Luiza Tomé e Maurício Mattar. Honesto e de uma família tradicional de São Paulo, onde se passa a trama, segue os passos do pai para assumir o negócio da família. No início da história, é noivo da fotógrafa Isabella, papel de Gabriela Durlo. Mas, ao longo dos capítulos, terá sua atenção disputada pela vilã Rosália, de Thaís Fersoza, que vê nele a chance de ascender socialmente.
''À primeira vista, todo mundo pensa que é apenas um 'playboy', mas ele irá mostrar que é uma pessoa muito correta e de caráter. Espero que seja um exemplo de homem'', ressalta ele, que não teme deixar seu personagem inverossímil e tedioso diante de tantas qualidades nobres.
''Mocinhos podem ser chatos. Mas ele terá uma transformação que irá mudá-lo totalmente'', adianta.
Após seis anos na emissora, Márcio acredita que este seja um projeto inédito em seu currículo na Record. Inserido dentro de uma das tramas principais e vivendo um personagem cobiçado pela vilã da história, Márcio crê na chance de mostrar mais seu trabalho no canal a partir de agora.
''Estou tendo uma oportunidade que não tive em nenhuma outra novela. Quanto mais escrevem para você, mais você pode mostrar sua versatilidade. Nunca tive um personagem com tanta importância dentro de uma trama'', aponta.
Interpretar um tipo contemporâneo, muitas vezes, não exige um intenso processo de composição do ator. Por isso, na contramão da preparação de outros trabalhos, Márcio não passou por um período de laboratórios e workshops demorados.
''Os personagens não são estereotipados. São bem normais. É mais uma adequação ao texto e compreender os rumos da sua trama'', conta ele, que optou por não assistir à primeira versão do folhetim, exibida em 1977.
''Não busquei referência nenhuma. Até porque a adaptação é moderna. As referências de hoje não são as mesmas do passado'', completa.
Apesar do escasso trabalho de composição, o ator passou por um processo de caracterização para se afastar de seu último personagem da fatídica Máscaras. Para isso, cortou e pintou os cabelos e intensificou a malhação.
''Me falaram que é o galã da novela. Então, tem uma responsabilidade maior em manter o físico'', brinca.
Os 14 anos de televisão de Márcio – que também tem passagens pela Globo e SBT – ainda fazem com que ele seja lembrado por seu personagem de maior destaque, o descolado Perereca de Malhação. Apesar das comparações, o gaúcho de 34 anos não se sente incomodado e agradece muito ao papel que lhe abriu portas na tevê.
''Muitas pessoas não lembram meu nome, mas sabem que fiz o Perereca. Acompanhou uma geração. Muita gente ficou pelo caminho nessa profissão. É bom ser lembrado em um meio difícil'', aponta.
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