Marcio Rosário diz que a cara de mau o ajuda nos personagens

Por - 07/04/13 às 20:05

Luiza Dantas/CZN

Marcio Rosario gosta de uma boa aventura. E é dessa forma que ele encara seu trabalho em Flor do Caribe, onde, na pele do capanga Ramiro, persegue e maltrata os desafetos do inescrupuloso Dom Rafael, de Cesar Troncoso.

"É preciso concentração, pois a novela é recheada de cenas fortes e de muita adrenalina. Ainda bem que estou acostumado a esse tipo de trabalho", conta.

A intimidade de Marcio com sequências de ação vem de suas inúmeras participações em séries americanas, como a vampiresca Buffy – A Caça Vampiros e a policial The Shield, e filmes, como Os Mercenários, onde atuou ao lado de Sylverster Stallone e Jason Statham.

"Por conta da minha cara de mau e por ser grande, sou chamado para personagens que precisam desse biotipo, como policiais e bandidos. Não tenho problemas com isso. Mas, quando posso, fujo um pouco do estereótipo", argumenta.

Natural de Santos, litoral paulista, Marcio passou 18 anos morando e estudando produção de Cinema em Los Angeles, nos Estados Unidos – o que justifica sua experiência em filmes e séries internacionais. Residindo novamente no Brasil desde 2005, o ator participou de tramas como Belíssima, da Globo, e Cidadão Brasileiro, da Record. Paralelamente, pôs em prática sua porção produtor em filmes como Viver Outra Vez, drama que aborda o complexo reencontro entre pai e filho.

"Atuo com prazer, mas adoro produzir. Isso sempre me aproximou mais do Cinema. Confesso que tenho me surpreendido com o esquema e a estética cinematográfica que as emissoras brasileiras estão desenvolvendo nas novelas", avalia.

Perfil:

Nome: Marcio Roberto Winterman Rosario.

Nascimento: 24 de dezembro de 1971, em Santos, litoral paulista.

O primeiro trabalho na tevê: Foi em Belíssima (2005), fazendo o investigador Paranhos.

Interpretação memorável: Adriana Esteves em Avenida Brasil (2012) e Antônio Abujamra em Que Rei Sou Eu? (1989).

Atuação inesquecível: No teatro, o Menelão de Balada de Um Palhaço, do Plínio Marcos. No Cinema, o contrabandista Pedro Sanches do longa The City of Lost Souls. E, na tevê, minha participação em The Shield, onde dei vida a um cara com problemas de autoestima.

Momento marcante na carreira: Quando fui convidado para fazer parte da Fundação dos atores latino-americanos da Casa Branda, o National Hispanic Foudation for The Arts.

A que gosta de assistir na tevê: Seriados, minisséries, novelas e documentários.

A que nunca assiste: Reality shows.

O que falta na tevê: Espaço para novos autores, atores e diretores mostrarem seus trabalhos.

O que sobra na tevê: Programas sobre fofocas. Para que eles existem mesmo? (risos).

Ator: São muitos! Jack Nicholson, Sean Penn, Edward Norton e Lima Duarte.

Atriz: Outra lista: Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Meryl Streep e Julia Roberts.

Se não fosse ator, o que seria: Adoro a profissão de professor, só não sei se teria vocação para ensinar.

Vilão: Jack Nicholson em O Iluminado, longa de 1980.

Personagem mais difícil de compor da sua carreira: Foi na tevê americana, o policial Santos da novela Days of Our Lives. O papel tinha várias nuances e mudou muito durante a temporada. Era praticamente um bipolar.

Melhor bordão da tevê: "Tô Pagaaaaando!", da personagem Lady Kate, do Zorra Total.

Novela que gostaria que fosse reprisada: Belíssima, de Silvio de Abreu, exibida pela Globo em 2005.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Acho que contracenar com atrizes que são minhas amigas, como a Claudia Raia ou a Flávia Guedes. Seria engraçado.

Par romântico inesquecível: Regina Duarte e Francisco Cuoco em Selva de Pedra, novela de Janete Clair, de 1972.

Filme: O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme.

Livro de cabeceira: Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, e Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez.

Mania: De dar presentes.

Autor: Paul Haggis, Ryan Murphy, João Emanuel Carneiro, Marcílio Moraes e Lauro César Muniz.

Diretor favorito: Terence Mallick.

Medo: Dormir e não chegar a tempo para fazer o espetáculo.

Projeto: No segundo semestre, eu começo a ensaiar a comédia Rainha da Canção, de Alessandro Marson.

Marcio Rosário passa a assinar a produção de Depois do Escorpião

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