Marcos Caruso fala da adaptação de Trair e Coçar para o cinema

Por - 18/08/06 às 12:01

Gabriela Andrade

Marcos Caruso, que atualmente vive o Alex, em Páginas da Vida, comemora os 20 anos de sua comédia Trair e Coçar é Só Começar. Sucesso de público, a peça escrita em 1979 ganhou uma versão cinematográfica, dirigida por Moacyr Góes, que estréia neste mês nas salas de todo Brasil. Em entrevista a revista TAM Magazine, Caruso conta como foi o processo de criação do espetáculo.

“Escrevi esta peça deitado no chão, batucando na máquina, três dias e três noites. Mas levou muitos anos para ser montada”.

Todo inspirado no Vaudeville (teatro de variedades), Trair e Coçar é uma comédia de costumes com jogo de equívocos na qual a intrometida empregada Olímpia – vivida por Adriana Esteves no filme – acredita que os patrões Eduardo (Cássio Gabus Mendes) e Inês (Bianca Byington) têm casos extraconjugais e, com sua ingenuidade, arma grandes confusões.

Sobre sua adaptação para o cinema, o ator revela: “Chamei a Jandira Martini (parceira em vários trabalhos) para me ajudar nesse roteiro. O vaudeville não é fácil de transpor para o cinema, precisa de tempo real para funcionar e de situações específicas”. 

Dono de uma sólida carreira de ator e autor, Marcos tem experiência de textos de teatro, cinema e novelas (escreveu Ana Raio e Zé Trovão, para a TV Manchete e o roteiro do filme O Casamento de Romeu e Julieta, ambos em conjunto com Jandira), mas acredita que atuar e escrever são prazeres diferentes:

“Ser ator dá mais prazer, a gente é aplaudido, o ego é massageado. Escrever é um trabalho solitário e pouco reverenciado pelo grande público, mas nos dá a possibilidade de criar sonhos”, confessa.


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