Maria Casadevall: “A profissão que me escolheu”

Na telinha como a ousada advogada Patrícia, de Amor à Vida, Maria Casadeval diz que iniciou na carreira artística aos poucos e que na verdade foi a profissão que a escolheu, e não o contrário.

“Eu tinha um desconforto com o mundo, uma curiosidade de observar muitas coisas ao mesmo tempo e essa inquietação me levou à interpretação, ao mundo do teatro, da atuação”, conta Maria a O Fuxico.

A atriz já fazia comerciais e diz que sempre gostou muito de ler e de escrever. Por conta disso acabou iniciando a faculdade de Jornalismo e em paralelo fazia cursos de interpretação para cinema e tevê.

“Era uma correria. Eu conciliava a faculdade de Jornalismo, com os cursos de interpretação e ainda trabalhava em uma loja de roupas na Oscar Freire – rua de comércio de luxo na região dos Jardins, em São Paulo – para conseguir pagar meus estudos”, explica a atriz.

Segundo Maria, chegou certo momento em que não dava mais para fazer tudo e ela precisou abrir mão de alguma coisa.

“Pensei um pouco e larguei a faculdade. Ai peguei mais firme nos cursos de interpretação. Estudei cinema com o Fernando Leal, meu grande mentor nas artes visuais. Fiz teatro com o Jair Assunção, a quem eu considero meu grande mestre na arte da interpretação. Fiz também uma oficina livre de teatro em uma Oficina em São Paulo, e os cursos na escola do Wolf Maia”, relembra Maria.

Depois de todo esse percurso a atriz resolveu passar um tempo fora do Brasil, para descobrir e entender o que realmente queria para sua vida.

“Eu fiquei 8 meses na Austrália. Queria aprender outra língua, conhecer um lugar novo, viver experiências diferentes e definir o que queria para mim. E foi muito bom, porque quando voltei vi que ser atriz era mesmo o que eu desejava”.

Logo que voltou, Maria passou a integrar o grupo de teatro Satyros, de São Paulo e na sequência integrou o elenco da série Lara com Z, exibida pela Globo em 2011.

“Passei também uma temporada em Paris. Aí eu já queria um terceiro idioma e conhecer mais coisas. Acredito que sempre quando a gente sai do nosso habitat , se distancia, passa a se conhecer mais e melhor. Descobrimos outro lado nosso. Isso foi sensacional. Lá eu trabalhei em cafés, restaurantes e descobri outra Maria”, conta a atriz.

ais reservada, menos festeira que a personagem, menos extravagante. Eu brinco sempre que preciso ter umas aulinhas com a Patrícia”, diz Maria, divertindo-se com a comparação com sua personagem.

Se na telinha Maria vem chamando cada vez mais a atenção com sua interpretação segura, o trabalho repercute também nas ruas e os elogios e comentários sobre a ‘super Patrícia’ têm sido constantes.

“Tem ouvido coisas muito bacanas nas ruas. As mulheres dizem que ela (Patrícia) é louca por dispensar o Michel – personagem vivido por Caio Castro. Também elogiam o figurino moderno e descolado da Patrícia, além da segurança e do amor próprio que ela passa. Ela é livre, intensa. É muito importante que a mulher busque isso nos tempos de hoje, que se cuide, se ame e isso acho que a Patrícia tem ensinado”.

A parceria com Caio Castro em cena também têm sido um grande presente para Maria. Na trama de Walcyr Carrasco o ator dá vida à Michel, um médico bonitão que na primeira vez que vê Patrícia já sente uma forte atração. Os dois engatam um romance quente, mas, como medo de se envolver, a advogada vive tentando deixar Michel de lado, fingindo que não está nem aí para o bonitão.

“Eu não conhecia o Caio ainda. Nos vimos pela primeira vez nas reuniões de elenco, para preparar a novela. E foi uma surpresa deliciosa. Nosso encontro foi muito produtivo. Eu e o Caio conseguimos criar uma liberdade de trabalho, de criação, de troca muito boa. Ele é um parceiro generoso, dentro e fora da tela. Rola uma energia muito bacana”, conta a atriz.

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