Maria Maya deixa posto de rainha de bateria para ser funkeira

Por - 15/11/05 às 14:00

Divulgação

Na novela Senhora do Destino, Maria Maya foi Regininha, rainha da bateria da fictícia escola de samba Unidos de Vila São Miguel, que, nas gravações, rebolava à frente dos ritmistas da Grande Rio, representante de Duque de Caxias, município carioca da Baixada Fluminense. No especial Levando a Vida, que será exibido na noite de 23 de dezembro, ela será Neidinha, uma funkeira que tem como sonho de consumo um vestuário que a deixa popuzada. Por isso, a atriz brinca que trocou Caxias pelo Borel, uma das comunidades do Rio que já revelou alguns MCs para o mundo do funk.

“Abdiquei do trono para usar calças apertadinhas ou microssaias de cintura baixa, que valorizem o meu bumbum”, diz, às gargalhadas, Maria Maya, que na vida real está distante desses dois mundos.

A atriz revela que, durante as gravações da novela, foi sondada pelo presidente de honra da Grande Rio, Jayder Soares, para desfilar à frente da bateria de mestre Odilon, e não aceitou o convite.
 
“Por dois motivos: primeiro, porque quem tem a cara da escola é a Susana Vieira, que já era madrinha da ala dos artistas e, para mim, deve continuar a ser a rainha da bateria enquanto ela quiser. Mas, todo mundo sabe que esse posto, na Grande Rio, é rotativo. E o segundo motivo é que sambar não é o meu forte. Para fazer a Regininha, contratei uma passista da Viradouro, a Patrícia Costa, que me dava aulas três vezes por semana para, entre outras coisas, ganhar força na panturrilha e agüentar o tranco de salto alto. As cenas de samba em Senhora do Destino eram muito cansativas. Eu me acabava e, na hora que ia ao ar, mostravam só a minha cara. Pensava: deve ser a prova de que não entendo mesmo do riscado”, diverte-se.

Apesar de estar entusiasmada com a Neidinha de Levando a Vida e torcendo para que o especial seja selecionado para ficar definitivo na programação de 2006 da Globo, Maria Maya confessa que funk também não é a sua praia.

“Quando tinha meus 14 anos, subi muito o Chapéu Mangueira (comunidade que fica no Leme, zona sul do Rio) para ir ao baile funk. Tomei muito banho de espuma nos bailes que rolavam na boate Circus e até no morro do Salgueiro; esporadicamente, também freqüentei o funk que rolava lá. Hoje, só iria a um desses bailes se um grupo grande de amigos me chamasse. E olha que, atualmente, o funk tá dominando. Até São Paulo já entrou na onda desse ritmo, que é muito bem definido naquela música: ‘É som de preto, de favelado/ Mas quando toca, ninguém fica parado’. Mas, a minha parada é música eletrônica, desde os 16 anos, quando morei em Londres. Sou até DJ, mas nada profissional. E até hoje, que tenho 24 anos, quando pinta um DJ legal, eu vou. Sou baladeira para ouvir som e não para beber, azarar ou dançar”.

Convites para posar nua

No auge do sucesso de Regininha, a atriz ficou na mira das chamadas revistas masculinas que a queriam para posar nua. Ao retornar ao vídeo, como uma funkeira sedutora, Maria pode vir a ser sondada novamente.

“Na época da Regininha, cheguei até a negociar com uma publicação, mas não deu certo. Acho que todo mundo posa nu por causa da grana, e não entramos em acordo quanto ao dindim. Ou será que alguém aparece peladona numa revista só por exibição? Pode até ser. Afinal, existe aquele ditado: ‘quando se é nova, está querendo ser inteligente; mais velha, quer ser gostosa’. A Cissa Guimarães, por exemplo, está podendo. Quem deveria posar nua era a minha mãe (Cininha de Paula) que tem o maior corpão. Eu estou me achando gorda e, mesmo na época de Senhora do Destino, que estava com tudo em cima, achava que a minha revista iria ficar encalhada. Não acredito que desperte nos homens essa vontade de me verem peladona”.


×