Matheus Nachtergaele não consegue eleger um personagem favorito

Por - 15/04/11 às 11:33

Divulgação/TV Globo

O Beato Miguel, de Cordel Encantado, da Globo, Matheus Nachtergaele, viveu personagens marcantes nas novelas, como o Pai Helinho (Na Cor do Pecado), Carreirinha (América). Nas telonas viveu o inesquecível João Grilo (O Auto da Compadecida), Dirceu Borboleta (O Bem Amado); no teatro não fez por menos: Jó (O Livro de Jó), entre tantos outros em vários gêneros das artes cênicas. Em conversa com O Fuxico, o ator revelou que, apesar de ter vivido vários personagens, não consegue escolher um favorito:

“Todos os personagens deixam suas marcas, não dá para escolher apenas um. É como se a gente escolhesse um filho, é meio complicado isso. Alguns você fica mais apegado, outros são mais difíceis de serem vividos. Eu tenho vivências fortes com todos eles e não consigo escolher um personagem”, revelou.

O ator disse, também, que tem certeza de que seu novo personagem, apesar de estar no começo, vai imprimir marcas em sua vida: “Como estamos começando, ainda não sei dizer, mas obviamente vai deixar marcas em mim esse personagem. Ele é muito especial”, comentou.

Feliz com seu novo papel na tevê, Matheus revelou que o personagem possui um grande e misterioso segredo, que ainda não pode ser revelado. Apesar de viver uma pessoa iluminada, com forte religiosidade contida, o ator assegurou que sua religião não interfere em cena:

“O personagem detém um grande segredo que eu não posso contar. Só posso dizer que tem a ver com a trama principal. Mas só ele tem conhecimento e mais ninguém sabe”, revelou ele, que vive uma espécie de Antonio Conselheiro: “Ele não fala em Deus, apenas é um sábio, é um vidente. Tem visões místicas e ama o próximo, não tem a ver com a minha religião pessoal. Acho que isso [minha religião] não interfere no personagem. Ele ajuda as pessoas, é um ser que levanta a comunidade a ajudar uns aos outros”, completou.

Para finalizar, Matheus comentou sobre o seu processo de criação e citou a grande diva da teledramaturgia Fernanda Montenegro:

“Na verdade não sei como faço para me preparar para essa carga de emoção forte do personagem. A Fernanda Montenegro fala que nós somos esquizofrênicos pagos para isso. É uma cisão, uma dor a cada personagem. É uma parte de você exposta, uma parte que você não conhecia. Ao mesmo tempo, se não for você, não existe, não acontece. Então todo personagem é você, sendo que não era e passa a ser. Então dói. É apavorante um personagem, mas também é uma descoberta, é uma iluminação sobre você, que você também não tinha percebido”, concluiu.

 

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