Mauro Mendonça Filho quer mostrar uma São Paulo mais colorida

Por - 19/05/13 às 09:00

Pedro Paulo Figueiredo / Carta Z Notícias.

Conhecido por tramas leves como O Cravo e A Rosa, de 2000, e Caras & Bocas, de 2009, Walcyr Carrasco estreia, nesta segunda, no horário das nove da Globo, com Amor à Vida. Como o horário exige, o folhetim terá um tom mais dramático que os trabalhos anteriores do autor. Com direito a intensas brigas familiares e até a sequestro de recém-nascido.

A história central gira em torno dos Khoury, donos do Hospital San Magno. Eles aparentam ser uma família perfeita, mas na realidade alimentam fortes rivalidades entre seus membros. Como a de Félix, vivido por Mateus Solano, por sua irmã Paloma, de Paolla de Oliveira.

A trama tem seu início há 10 anos, quando a família Khoury decide comemorar o ingresso de Paloma na faculdade de Medicina com uma viagem ao Peru. No país andino, a moça acaba conhecendo Ninho, um viajante sem rumo vivido por Juliano Cazarré. Incentivada pelo irmão, larga tudo para viver esse grande amor. Sua atitude decepciona seus pais César e Pilar, de Antônio Fagundes e Susana Vieira. A aventura acaba quando Paloma engravida e decide voltar ao Brasil para criar sua filha de maneira responsável. Mais uma vez, Félix interfere na vida da irmã. Movido pela ganância, o empresário rouba a criança no dia do parto e a abandona em uma caçamba de lixo.

"Temos uma história central muito forte, que envolve uma briga de posses, uma disputa velada de poderes sobre os filhos e entre os filhos herdeiros", explica Wolf Maya, diretor de núcleo do folhetim.

A preparação do elenco ficou sob o comando de Sergio Penna. Convidado pelo diretor-geral da novela, Mauro Mendonça Filho, ele ressalta que trabalhou em cada ator as questões internas de seus personagens. Para isso, as primeiras leituras tiveram de começar em fevereiro. Outra abordagem foi a pesquisa de campo. Como o folhetim terá o ambiente hospitalar como pano de fundo principal da história, Sergio levou o elenco para assistir a palestras dentro de um hospital de verdade e acompanhar o dia a dia de quem trabalha na área.

"É preciso voltar no tempo, na imaginação, construir o que pode ter acontecido e trabalhar essas vivências", acredita Penna.

Ambientada em São Paulo, Amor à Vida traz em sua caracterização a marca registrada da cidade: o caos urbano. Foi a partir de visitas a centros comerciais movimentados, lojas populares e desfiles de moda internacionais que Gilvete dos Santos, a caracterizadora, se inspirou para apostar no conceito "menos é mais".

Não é à toa que a maquiagem dos personagens será simplista, fazendo uso apenas de itens básicos como a base, o rímel, o blush e um protetor labial. E como a novela contará com uma grande passagem de tempo, os visuais de cada papel sofrerão mudanças. Em geral, as mulheres da trama terão seus cabelos alongados e os homens deixarão a barba crescer.

"Quase todas as mulheres da novela terão cabelão. A paulistana adora", entrega Gilvete.

Um destaque do folhetim é a cenografia. Aos cuidados de Yurica Yamasaki e Maurício Rohls, a produção de arte teve de trabalhar em cima de duas frentes: o hospital fictício San Magno e a cidade de São Paulo. Para cada uma delas foi montada uma cidade cenográfica diferente. Detalhes como logomarca para papelaria, instrumentos, equipamentos e roupas de cama foram essenciais na criação de um ambiente hospitalar verossímil. Quanto à ambientação da cidade, foi construída uma rua aos moldes da Vila Madalena, bairro paulistano famoso por sua vida noturna agitada, com bares sempre movimentados.

"O nosso desejo é ilustrar São Paulo de forma colorida e tirar a ideia cinzenta que as pessoas têm. É uma cidade alegre, cosmopolita, quase incontrolável", garante Mauro Mendonça Filho, diretor-geral.

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