MC Estudante está foragido após mandado por agressão

Por - 16/10/2025 - 09:01

MC EstudanteMC Estudante

O rapper Carlos Cardoso Faria, conhecido como MC Estudante, tornou-se foragido desde 10 de outubro. O 5º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher expediu mandado de prisão contra ele, conforme registros de processos por agressão contra Maria Eduarda Paim, sua ex-namorada. Ele enfrenta também outras investigações na polícia do Rio de Janeiro. A defesa nega todas as acusações.

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Maria Eduarda Paim relatou agressões físicas na frente de outras pessoas, abandono, ameaças, exigência para demitir-se de três empregos, exposição de vídeos íntimos, além de cárcere privado por três dias.

Outras denúncias incluem perseguição em redes sociais. Ela afirmou que MC Estudante fez xingamentos, acusações de racismo contra ela, e publicou vídeos com ameaças, que depois retirou do ar.

Versão da defesa e conflitos legais

A advogada Juliana Nascimento, que representa MC Estudante, afirma que ele sofre perseguição. De acordo com sua versão, as acusações não correspondem aos fatos. Ele registrou boletim de ocorrência contra Maria Eduarda Paim por calúnia, lesão corporal, difamação e ameaça.

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Defesa também afirma que ele cumpriu medidas protetivas ou que não houve descumprimento. Além disso, menciona que ela teria empunhado faca contra o rapper.

Maria Eduarda buscou medidas legais repetidas vezes. Ela foi à delegacia por denúncias de perseguição recente e logo mostrou vídeos com ameaças. Advogado da vítima, Gabriel Oliveira, salienta que acompanham diligências para capturar o foragido e garantir proteção legal.

Panorama das denúncias

As investigações apontam uma trajetória longa de supostas violências. A ex-namorada acusa MC Estudante de estupro, violência doméstica, sexual, patrimonial e psicológica.

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Além disso, ele nega ser “monstro” ou autor de todos os atos. Ele afirma possuir provas, vídeos e exames que, conforme sua defesa, demonstram versão diferente. Processo corre em sigilo no âmbito da Delegacia de Atendimento à Mulher do Centro, e novas denúncias podem aumentar o escopo legal contra ele

Quem é o MC Estudante

MC Estudante nasceu na Zona Oeste do Rio de Janeiro e começou a participar de batalhas de rima ainda na adolescência. Ele ganhou fama em 2013, ao abordar temas ligados ao ambiente escolar e aos métodos de ensino, o que lhe rendeu o apelido que carrega até hoje. Desde então, passou a se apresentar em trens e espaços públicos.

O rapper soma mais de 100 mil ouvintes mensais em plataformas de áudio e vídeo, e já colaborou com artistas respeitados no cenário nacional, como Choice e Xamã.

A Batalha do Tanque, uma das mais tradicionais do país e criada originalmente no Rio de Janeiro, divulgou uma nota informando o afastamento de MC Estudante de todas as atividades do grupo. A organização também repudiou as condutas do artista.

“Não compactuamos com atitudes violentas, machistas ou abusivas. A vítima tem nosso total apoio e acolhimento. O MC não participará mais das nossas atividades”, informou a Batalha.

Confira a íntegra da nota da defesa de MC Estudante

“Em nenhum momento, meu cliente descumpriu medida protetiva, o que ocorre é uma perseguição por parte da suposta vítima, a ele, seus familiares, amigos e até a namorada atual dele, a vítima stalkeia incessantemente a todos, inclusive a mim, que sou apenas advogada do mesmo.

Meu cliente já tinha em sua rede social os vídeos das agressões sofridas pela suposta vítima, muito antes da medida protetiva, o que houve foi um equívoco que será esclarecido judicialmente.

O que ocorre é uma perseguição por parte da suposta vítima, a ele, seus familiares, amigos e até a namorada atual dele. A suposta vítima stalkeia incessantemente a todos, inclusive a mim, que sou apenas advogada do mesmo.

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Os vídeos que a suposta vítima alega terem sido publicados recentemente foram publicados no dia 24 de junho de 2025, um dia depois de a própria ir a público (rede social e programas de televisão) expor supostas agressões e crimes jamais cometidos, cometendo crime de denunciação caluniosa. Carlos usou dos mesmos meios da vítima para se defender, já que tem uma carreira pública.

Quanto ao crime de racismo cometido pela suposta vítima, há um R.O com provas na delegacia. E há provas sobre ela ter puxado uma faca para Carlos no inquérito policial feito na 42ª DP”

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino