Médico alerta para os riscos de cirurgia preventiva feita por Angelina Jolie

Por - 26/03/15 às 17:35

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Angelina Jolie fez exames e concluiu, em 2015, que teria altas chances de desenvolver o câncer de ovário. Por isso, marcou uma cirurgia de retirada dos órgãos, depois de dar à luz três de seus filhos com Brad Pitt. A atriz, também realizou uma cirurgia do tipo para retirar as mamas, a mastectomia, em 2013, para evitar o câncer na região.

A doença matou sua mãe, depois de 10 anos de luta. Ela tinha 87% de chance de desenvolver os problemas, como apontaram os exames em seus genes BRCA1 e BRCA2 (que indicam possibilidade de avanço da doença). Por isso, ela decidiu colocar uma prótese de silicone, para dar um resultado estético aos seios, retirar as trompas e ovários e fazer alterações em seu corpo para tentar driblar a doença.

Em entrevista a O Fuxico, o Dr. Guilherme Furtado, consultor de medicina na Globo, explica um pouco mais sobre o procedimento feito por Jolie e alerta para os riscos pós-cirúrgicos que o procedimento implicam.

“A mulher que faz esse tipo de procedimento, precisa ter ciência de que, por exemplo, não vai mais poder ser mãe, de que vai perder sua feminilidade. Tem que ter um acompanhamento psicológico, oncológico e genético muito bom para concluir que é a melhor saída, ao lado da paciente!”, anuncia o médico.

Mas, foi exatamente isso que Jolie fez, tanto ao concluir sobre a mastectomia quanto com a retirada dos ovários e trompas. Ela comentou, tanto quando retirou os seios quanto agora, no artigo assinado no The New York Times, que não se sentiu menos feminina por causa das cirurgias. Para ela, existem muitos motivos para ficar viva e ver a família crescendo.

“Estava planejando isso há algum tempo. Eu disse a mim mesmo para ficar calma, ser forte, e que eu não tinha nenhuma razão para pensar que eu não viveria para ver meus filhos crescerem e conhecer os meus netos. Liguei para o meu marido [Brad Pitt] na França, e ele estaria em um avião dentro de algumas horas (…) Naquele mesmo dia eu fui ver o cirurgião, que tratou minha mãe!”, explicou.

O médico ainda alerta que grupos de exames preventivos preferem manter a rotina das possíveis pacientes mais frequente nos ambulatórios, em vez de investir num procedimento tão radical quanto a retirada dos órgãos. Até porque, alguns casos podem desenvolver infecções ou má aceitação do organismo da mulher.

“Os riscos de vida são maiores. Existem chances de alguns pequenos problemas. É uma cirurgia de reconstrução, como se fosse de retirada de mama num câncer normal. Pode ficar muito bem, mas pode gerar infecções. Sem contar que, não é o mesmo corpo, claramente, vai haver uma diferença.”, alerta.

Depois que Jolie assinou o artigo no The New York Times, Kelly Osbourne anunciou que também faria o procedimento, para prevenir possibilidades de câncer, o que causou um reboliço na comunidade médica, afinal, não é o mais indicado, por causa dos riscos anunciados.

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