Menos ambiciosa, Anitta lança Girl From Rio para mostrar ‘Brasil real’ ao mundo

Nesta semana, Anitta prepara o mundo para mais um acontecimento que promete abalar o universo musical. A cantora, que está cada vez mais engajada em sua carreira internacional, lançará Girl From Rio, onde visa mostrar que a cultura brasileira vai além do “samba, Carnaval e futebol”.

“Toda minha equipe gringa foi para o Brasil foi ver como é o Brasil, foi para o Rio de Janeiro ver que ele é muito mais do que eles mostram fora. Eu não queria que eles viessem com propostas muito loucas, então fiz questão que eles fossem para saber como é o Brasil. Essa é a intenção, mostrar o lado do Brasil que eles conhecem aqui, mas mostrar que o nosso país também tem outros lados para que o povo entenda como é”.

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Anitta ainda adotou a estratégia de ir “aos pouquinhos” para conquistar o público internacional e por isso o álbum é inteiro em inglês e espanhol.

“Todo álbum é inglês e espanhol. É tudo muito novo para eu já chegar cantando em português, primeiro a gente faz a galera se acostumar com essas novas proposta. Por isso, o funk não é tão pesado, e a bossa nova não é tão pesado”, afirmou.

A cantora ainda revelou que tem projetos pensando em mostrar as festas juninas locais, mas algo que ficou inviabilizado por conta da pandemia.

“A gente tinha ideia bem legal, de mostrar as festas juninas, tinha um feat nessa com o Maluma, que já estava até por dentro dos figurinos e tudo, mas como não melhorou a situação (da pandemia), vamos deixar para o ano que vem, para mostrar o forró", disse.

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Outro lugar que está na lista é mostrar a Amazônia, como fez em Is That For Me, em 2017.

“Com certeza quero muito fazer sobre a Amazônia, sempre toco nesse assunto nas entrevistas aqui, porque o que estão fazendo com a Amazônia é preocupante não só para nós, mas para o mundo todo, então devo voltar para lá e fazer algo de novo. Já fiz várias coisas em vários lugares do mundo, mas a Floresta Amazônica é uma vibe incrível”, disse.

Apesar de estar conquistando seu espaço na música internacional e iniciando um no projeto, Anitta admitiu que está vivendo uma versão mais “low-profile” e menos ambiciosa, onde pode ter mais tempo para ela mesma.

“Eu nem tenho mais tanta ambição na minha vida. Cada vez eu quero menos equipe, menos coisas para fazer. O que eu gosto é fazer acontecimentos, então minha ideia era trazer a cultura do Brasil. Eu tenho 53 milhões de seguidores e 30% não são brasileiros, então a gente fez desta maneira para mostrar uma pouca da cultura e entender que é uma coisa bem brasileira. O pessoal até fala que eu estou magra, mas o que está acontecendo é que estou dormindo direito, comendo direito, tendo mais tempo para mim”, revelou a cantora.

Confira outros trechos da entrevista!

Girl From Rio como carro-chefe?

“Eu acho que é a peça-chave porque é o cartão de visitas, leva o nome do CD, mas não acho que é a música mais legal do álbum. Se tudo der certo, a que vem depois, se der certo da pessoa que vai gravar comigo, vai ser enlouquecedor”.

Projetos para o público brasileiro e versão menos ambiciosa

“Não temos focada no público brasileiro ainda, estamos focados nos projetos aqui no mercado dos Estados Unidos. Mas bem os daqui, estou bem relaxada, numa vibe “menos é mais” para ter um tempo maior para mim, ficar na minha e não me encher de trabalho como antigamente.

Eu nem tenho mais tanta ambição na minha vida. Cada vez eu quero menos equipe, menos coisas para fazer. O que eu gosto é fazer acontecimentos, então minha ideia era trazer a cultura do Brasil. Eu tenho 53 milhões de seguidores e 30% não são brasileiros, então a gente fez desta maneira para mostrar uma pouca da cultura e entender que é uma coisa bem brasileira”

Agradar ao público internacional e os brasileiros

“A grande dificuldade é essa, que não perca a identidade brasileira, mas que seja mesmo para o público daqui. O público está consumindo pouca coisa que não seja do Brasil, então é bem complicado, é um processo minucioso para saber a aceitação do Brasil e daqui (Estados Unidos). Uma coisa que falo é para gente não comparar nossas estratégias com nenhum artista internacional, porque é tudo diferente, é tudo muito único”.

Estética do clipe Girl From Rio

“Eu e o Giovani Bianco, diretor do clipe, pensamos e essa coisa de Garota de Ipanema é algo que traz essa memória do Rio. Então, foi uma coisa inspirada na Carmen Miranda, do musical dela com o Zé Carioca, que mostra o Rio e seus pontos turísticos, mas também tinha que ter o meu Rio de Janeiro, que traz essas coisas do que eu vivi na infância, da minha história. Então, fizemos uma transição bem legal no clipe”.

Amadurecimento na carreira internacional

“Quando eu lancei Paradinha, eu estava contando com uma equipe e depois do lançamento eu descobri que a coisa não ia ser bem como imaginei dali para frente, tive que improvisar, mas acabou dando mais certo até. Aconteceu tudo antes do que imaginava, as parceiras, prêmios, reconhecimento, rentabilizar em outras moedas. Então, posso dizer que metade da minha renda não é mais do Brasil. Estou trabalhando mais por amor, por aquilo que eu ache legal”

Piscinão de Ramos no clipe

“Foi incrível. Totalmente diferente o motivo pelo qual eu voltei (Anitta fez seu primeiro show no Réveillon de 2012 no local). Já tem participações gravadas em programas de TV daqui, a agenda está lotada e vai ser muito legal o piscinão de Ramos na programação daqui. Já temos várias programações de rádios daqui também confirmadas e eu estou super feliz que todo mundo amou. Garota de Ipanema tem muito crédito nisso”.

Valores astronômicos

“Clipe mais caro de todos, porque daria para fazer um filme com esse dinheiro todo. Aí rolou um barraquinho básico, que eu falei que daria para fazer cinco clipes com esse dinheiro. Então, o making of vai ser bem engraçado”.

Pandemia diminuindo nos Estados Unidos

“Dá uma tristeza e uma alegria ao mesmo tempo pela situação que o Brasil passa. Eu estou vacinada, praticamente todo mundo que eu conheço está, mas não estou morando aqui, é que por conta da pandemia, estou preferindo ficar aqui, fazer as reuniões, trabalhar, mas assim que abrirem os aeroportos, eu vou ficar como sempre foi indo e voltando”

Críticas ao governo

“A gente olha para o Brasil e vê que nosso presidente fez escolhas muito ruins. Aqui também, estava ruim, mas mudou o presidente e tudo começou a melhorar, então espero que isso mude logo para o Brasil também”

Posicionamento político

“Eu não sabia que eu podia fazer um papel nisso e quando me pressionaram e depois muita gente começou a falar que isso ajuda, eu comecei a estudar. Eu não me posicionei antes e não tenho vergonha, porque agora eu tive mais tempo de estudo sobre isso, de entender. Eu sei que algo que eu fale, vai ser criticado pelo outro lado, então se eu realmente não puder responder à altura quando for questionada, eu vou ter problema”

Ir para o exterior para vencer o preconceito?

“Esse foi um dos motivos (para investir na carreira internacional). Tem muito preconceito com quem é sensual, com quem vem do funk e assim foi com a Bossa Nova (retratada em Girl From Rio) por muitos anos, até que, quando respeitaram no exterior, o pessoal no Brasil começou a dar mais valor”