Miguel Falabella diz que Toma Lá Dá Cá só quer divertir

Por - 29/11/05 às 08:00

Engana-se quem pensa que o seriado Toma Lá Dá Cá, que Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa tentam emplacar na programação de 2006 da Globo, tem a pretensão de mudar o humor que é feito na televisão. Pelo contrário, o programa, que será apresentado como um especial no dia 29 de dezembro, só quer trazer boa diversão para o telespectador.

“Toma Lá Dá Cá é um humorístico que não faz mal a ninguém. Não tem a pretensão de mudar nada. Só distrair”, afirma Miguel Falabella que, além de escrever, também atua, interpretando o personagem Mário Jorge.

Para os padrões brasileiros, o grande diferencial de Toma Lá Dá Cá está no fato de que conta com uma platéia não participativa das ações que o episódio envolve. É como se fosse no teatro, onde os espectadores apenas riem ou aplaudem.

“Costumo dizer que Sai de Baixo era realismo selvagem, tanto que os convidados chegavam e perguntavam qual era o tom do programa e eu respondia: aqui é na porrada! Em Toma Lá Dá Cá, não. Se o programa emplacar, contaremos com convidados que terão seus próprios cenários. A gente só não vai ter externas. Outra diferença em relação ao Sai de Baixo é que a gente não se dirige à platéia. Mas, ela tem o seu valor na estrutura do programa, tanto que não é uma claque paga para aplaudir ou rir. Aqui, as pessoas só riem se acharem graça”, explica Miguel Falabella, que assistiu ao vivo, nos Estados Unidos, à gravação de seriados que contam com platéia.

“No Toma Lá Dá Cá, além de conter um humor brasileiro, o telespectador não precisa ficar lendo a piada”, acrescenta.

Falabella não está preocupado com as comparações entre o Mário Jorge e o Caco, de Sai de Baixo.

“O Mário Jorge é um ex-surfista, originário da Tijuca (bairro da zona norte carioca), que vira corretor de imóveis e compra um apartamento na Barra. É o típico cariocão. Mas, quem compará-lo ao Caco não vai me aborrecer. Isso chama-se carisma e não posso mudar essa situação. Vou ser eternamente Caco”, dispara.

Em Toma Lá Dá Cá, ele contracena com velhos amigos, como Diogo Vilela e Débora Bloch, nos papéis de Arnaldo e Rita, que o ajudaram a conceber a idéia do programa. Faz o atual marido de Celinha, personagem de Adriana Esteves, uma de suas atrizes prediletas, tanto que queria – e conseguiu – tê-la como protagonista de A Lua Me Disse. Falabella está torcendo para o programa entrar na grade de 2006, e já tem até o dia escolhido para exibição.

“Queria que fosse aos domingos, depois do Fantástico, que assim as pessoas vão dormir mais felizes para encarar a batalha dos dias úteis que se seguem. Se o seriado vingar, vou precisar de uma equipe para eu supervisionar, porque, sozinhos, eu e Maria Carmem não daremos conta”.       

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