Minissérie ‘A Casa das Sete Mulheres’ vai virar HQ

Por - 05/01/22 às 11:39

A Casa das Sete MulheresFoto: TV Globo

A Guerra dos Farrapos, rebelião que eclodiu no sul do país causando uma batalha das tropas de sulistas contra as tropas do Brasil Império, norteia o romance “A Casa das Sete Mulheres”, da gaúcha Letícia Wierzchowski. Com uma mulher no centro da batalha, a história ganhou adaptação para a TV e fez estrondoso sucesso em 2003. Agora, a minissérie homônima ao romance pode ser revista no canal Viva

Além da reprise, o legado da produção que mostrou o triângulo amoroso de Garibaldi (Thiago Lacerda), Manuela (Camila Morgado) e Anita (Giovanna Antonelli) ganhará uma versão em histórias em quadrinhos está sendo desenvolvida pela Editora Marauto, com desenhos da quadrinista Verônica Berta. Letícia está acompanhando tudo de perto.

“Ela manteve o espírito da narrativa, porque é um épico com conceito histórico. O desenho está elegante, moderno, mas manteve olhar que eu sempre pensei sobre isso. Com o imaginário que criou nas pessoas, cuidamos para não agredir esta visão, porque fez muito sucesso”, disse a autora ao GShow.

A HQ deve ser lançada até o final de 2022, às vésperas da série completar 20 anos. Há ainda a expectativa para outros projetos relacionados com “A Casa das Sete Mulheres”. Em 2018, iniciou-se uma adaptação do texto para um musical de teatro, que seria estrelado por Marisa Orth e Murilo Rosa. Com a pandemia, a ideia ficou na gaveta e a torcida existe para que tudo seja retomado.

Além disso, a escritora vê “A Travessia”, livro que fecha a trilogia, com forte potencial de render um filme: “É uma história muito filmável, mas é caro, porque envolve três países como locações, mas poderia chegar nas telas. É algo que eu e Jayme (Monjardim, que dirigiu a série) conversamos, porque é muito importante e faz parte do imaginário coletivo essa persona do Garibaldi, que ele teve o papel de unificar a Itália”.

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Esboço da HQ ‘A Casa das Sete Mulheres’ — Foto: Verônica Berta/Divulgação
Esboço da HQ ‘A Casa das Sete Mulheres’ — Foto: Verônica Berta/Divulgação

MINISSÉRIE FEZ HISTÓRIA NA TELEDRAMATURGIA

Exibida em janeiro de 2003, a minissérie “A Casa das Sete Mulheres” tinha ares de épico, com direção de Jayme Monjardim, destacando generosas das paisagens gaúchas. A trama dramática foi brilhantemente conduzida pelos autores Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, numa adaptação da obra de Letícia Wierzchowski. 

O elenco, encabeçado pelas sete protagonistas, Ana Joaquina (Bete Mendes), Maria (Nívea Maria), Manuela (Camila Morgado), Rosário (Mariana Ximenes), Mariana (Samara Felippo), Caetana (Eliane Giardini) e Perpétua (Daniela Escobar) – sem contar nas outras figuras femininas relevantes da trama, era um espetáculo à parte.

Enquanto os homens da família iam aos campos de batalha, as mulheres isoladas numa estância enfrentavam a solidão e as adversidades, relatadas por Manuela (Camila Morgado) em seu diário.

Vinda do teatro, Camila Morgado – à época uma aposta de Jayme Monjardim – se tornou uma das revelações da minissérie. A personagem vivia um romance com o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda). A heroína foi deixada para trás depois que ele se apaixonou pela corajosa Anita (Giovanna Antonelli) durante a guerra.

A minissérie revelou outro rosto até então desconhecido na televisão, o gaúcho Werner Schünemann, no papel de Bento Gonçalves, líder dos farrapos e patriarca da família. Depois do sucesso de “A Casa das Sete Mulheres”, Werner seguiu carreira na emissora, assim como Camila Morgado.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino