Missa na Igreja Matriz de Maranguape lembra o primeiro ano da morte de Chico Anysio

Por - 23/03/13 às 14:51

Ag.News

Há exatamente um ano, no dia 23 de março de 2012, Chico Anysio deixou o humor brasileiro órfão e morreu depois de uma falência múltipla de órgãos, aos 80 anos, no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro. O último pedido do humorista era de ser cremado e que suas cinzas fossem jogadas em cima de dois dos locais mais importantes da sua vida: a cidade natal, Maranguape, no Ceará, e nos estúdios do Projac, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Atendendo ao desejo do marido, Malga di Paula sobrevoou os locais e vai voltar ao Ceará no domingo (24) para uma série de homenagens que ele Chico receberá em sua terra.

“No domingo a tarde vou, às 16h, sobrevoar a terra de Maranguape e jogar pétalas brancas onde estão as cinzas dele. Às 19h tem missa na Igreja Matriz de Maranguape.”

Desde o falecimento do marido, Malga revela para O Fuxico que tem sofrido muito com a falta dele e, muito emocionada, diz que a dor tem aumentado a cada dia.

“As pessoas estão dizendo: ‘nossa, já faz um ano?’ e pra mim parece que faz um século.”

Confira o exclusivo desabafo de Malga di Paula:

O Fuxico: Como tem sido este ano para você?

Malga di Paula: Foi horrível, o pior ano da minha vida. Ainda não sei lidar. Não sei lidar com a ausência do Chico e, pra mim, é um pesadelo. As pessoas estão dizendo: ‘nossa já faz um ano?’ e pra mim parece que faz um século. A falta que ele faz é tamanha que parece que faz uma vida toda que ele foi embora. Está piorando a minha vida! Hoje eu estou muito triste por ficar lembrando a morte dele. Este final de semana está sendo difícil.

OF: E quais foram as boas lembranças que ficaram dele?

MdP: Tenho tantas boas lembranças que  é difícil de dizer uma apenas. Aprendi com ele tudo o que sei… Aprendi com ele. Eu, neste momento, que estou triste não consigo me lembrar das coisas boas. Ainda tenho a maior que é quanto foi difícil essa época há um ano, quando ele sofreu. De vez em quando eu até consigo lembrar umas coisa melhores, rimos juntos com os amigos, a gente fala, mas as lembranças e coisas ruins têm sido maiores.

OF: E haverá alguma homenagem especial a ele no Rio de Janeiro?

MdP: Hoje vamos fazer um culto muito íntimo, só para a família, na Igreja Messiânica, que é a igreja que os filhos do Chico fazem parte. Na verdade, a igreja foi muito importante pra gente quando o Chico ficou doente. Foram presentes sempre e a gente está fazendo essa homenagem para ele.

OF: No Ceará também terá homenagem?

MdP: Viajo para Fortaleza onde nós vamos, no domingo à tarde, vou às 16h sobrevoar a terra de Maranguape e jogar pétalas brancas onde estão as cinzas dele. Às 19h tem missa na Igreja Matriz de Maranguape e, depois, vamos sair fazendo homenagem com uma banda musical. Na segunda à noite, o Governador do Ceará dará uma medalha em homenagem ao Chico, uma honraria mais importante do Ceará em forma de medalha que será entregue a mim. Todas as homenagens públicas serão lá. No Rio será um coisa mais íntima.

OF: E existe algum projeto, de um humorista na televisão, que vá homenagear o Chico?

MdP: Não. Esses personagens são da Globo e ela é dona deles. Se alguém quiser fazer, só através da Globo. A gente talvez seja comunicado.

OF: O que foi feito dos figurinos dos personagens do Chico?

MdP: Grande parte dos figurinos são da Globo e outra parte quem tem é o André Lucas, filho dele, que tem feito exposições sobre o Chico pelo país afora. Tudo que é de personagem está com ele.

OF: Tem algum objeto dele que você ainda conserve com carinho e não mexeu até hoje?

MdP: Tenho tudo dele guardado e nunca mexi em nada. Cada gravata, cada meia, que ele deixou, cada caneta. Não desmontei nada. Tudo está como ele deixou. O escritório está com tudo no lugar, o closet também, não tive coragem de tirar nada do lugar. Guardo tudo com muito carinho.

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