Mônica Iozzi revela ter sofrido assédio: ‘Te colocam no lugar de um objeto’

Por - 13/07/17 às 07:52

Conversa com Bial/TV Globo

Na noite de quarta-feira (12), Mônica Iozzi esteve no Conversa com Bial. Durante a entrevista, Monica falou sobre sua carreira como atriz, sua infância, as reportagens que fazia no Congresso Nacional quando era repórter do CQC, extinto programa da Band e também sobre assédio.

"Horrível o que vou falar, mas Brasília fede. Os corredores do Congresso são de carpete, não tem ar condicionado, é aquela temperatura, aqueles homens com aqueles ternos, vai ficando um negócio fedido, sei lá. Primeira dica é respire pela boca porque lá é terrível".

A atriz revelou que o assédio acontece e dá dicas às mulheres que vão fazer reportagens com os políticos:

"Saiba lidar com cantadas pesadas e que muitas vezes vão te ofender e podem te machucar.Isso dos politicos, dos assessores e afins.de lá. Muitas vezes eles usam o assédio sexual como assédio moral, entende? Não é porque está a fim de você, mas porque quer te dimuinuir te colocando no lugar de um objeto. 'Quem é você, menininha, gostosinha?'. E ficam tentando colocar a mão em você. E não era só comigo, as repórteres em geral. Você tem que se colocar muito".

Iozzi deu dicas para saber diferenciar os políticos.

“Se você for repórter lá, estude muito. A gente tem a mania de jogar os políticos no mesmo saco, a grande maioria é corrupto, mas tem muita gente boa que se esforça lá dentro”.

Pedro Bial citou uma colocação da atriz, de 2011, quando disse que queria ser Fernanda Montenegro, mas naquele momento era Tiririca.  Bial perguntou onde ela se encaixa nos dias de hoje.

“Eu acho que estou achando meu lugar. É muito engraçado, a minha carreira nunca foi muito pelo caminho que eu acreditava. Já deixei de ser um pouco o Tiririca, graças a Deus. Mas estou achando meu lugar. Se eu chegar um dia a 10% da Fernanda Montenegro já estou muito feliz”

Sobre sua infância em Ribeirão Preto, Iozzi falou que os pais sempre se esforçaram para dar o melhor às filhas.

“Meus pais sempre se preocuparam com a nossa educação. Minha mãe era telefonista e meu pai eletricista. A gente não tinha muito dinheiro. O dinheiro era para a escola e uma casa legal. Então a gente teve uma educação ótima, a gente fazia balé, natação, tudo. Esse meu primeiro contato com a cultura quem me deu foi a escola".

Monica revelou sua emoção ao trabalhar co Tony Ramos, na série Vade Retro, da Globo.

“O Tony é muito acima da média, fez 52 anos de carreira e é de uma simplicidade. Quando vi que ia contracenar com ele fiquei muito nervosa, mas aí ele me abraçou desde o início. Ele dava apontamentos muito precisos. Às vezes eu estava insegura com uma cena, ele falava ‘Moniquinha tenta dar essa fala um tom abaixo’. Ele é de uma competência que tudo que ele falava eu seguia”.

O início da carreira e o sonho de interretar Heleninha Roitman.

“Tenho muito orgulho das minhas vergonhas. Sempre quis ser atriz, a gente não tinha cultura de ir ao teatro, mas eu aos 6 anos assistia Tieta, minha mãe era louca. Eu quis ser atriz porque eu queria fazer a Heleninha Roitman, uma bêbada maravilhosa. Aí teve um festival de teatro no shopping da cidade, daí fui”.

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