Monique Evans dispara: ‘Tem gente que paga para aparecer’

Por - 04/12/19 às 13:09

Reprodução/Facebook

Sabe aquelas pessoas que você ficaria por horas e horas ao telefone e nem sentiria o tempo passar? Assim é Monique Evans. Entrevistado bom é aquele que sente-se à vontade e, sem mimimi e muita delicadeza, permite-se a um bate-papo franco, necessário e descontraído.   

A ex-musa dos anos 1980, figurou à época como uma das personalidades mais requisitadas do universo fashionista. Estampou nada menos que 50 publicações de moda, fotografando para os principais editoriais do país. “Eu desfilei por 30 anos, adorava”, relembra-se dos bons momentos ao OFuxico.

A ótima fase resultou com participações especiais em telenovelas e diversos programas de TV, tais como o Cassino do Chacrinha e Chico Anysio Show, além de campanhas preventivas sobre a AIDS, o Viver Outra Vez, em 1987.

Televisão

Cada vez mais alçava novos e diferentes voos na carreira artística. Em 1983, estreou como apresentadora ao lado de Paulo Giovanni no programa Domingo Bingo, da Rede Globo.

Pouco a pouco, foi galgando espaço na telinha até conseguir apresentar atrações no campo do entretenimento em diferentes emissoras:  De Noite na Cama (1998-2000), TV Fama (2000-2001/2006-2010), A Casa é Sua (2005), Manhã Maior (2010), A Fazenda (2010/2011), entre outras.

Ela revela ainda uma produção, em especial, que a marcou afetuosamente pela abordagem do público:

“O meu programa Noite Afora era uma atração diária que todos gostavam, até hoje me perguntam se o projeto vai voltar. É uma nova geração que sente falta. Na época, as mães colocavam minha voz para os bebês dormirem. Os velhinhos me abordavam e me agradeciam. Eu falava sobre sexo, mas ninguém me chamava de gostosa ou algo assim. O povo achava engraçado, as pessoas chegavam em mim rindo”, recorda-se.

A mãe da modelo Bárbara Evans ainda citou os velhos tempos em que trabalhou no Domingo Legal, no quadro Bate Coração, ao lado do apresentador Gugu Liberato, falecido recentemente.

“Participei desde o início dos programas dele, que sempre me convidava. Eu estourava bola, lembra dessa brincadeira? Eu só não fazia [o quadro] da banheira, porque eu não gostava. Parece que perdi um parente meu… Gugu era uma pessoa especial, tratava todos bem. Uma pessoa simpática, humilde e carinhosa”, lamenta.

Fora do ar, Monique está prestes a completar 40 anos de TV. Será que ela tem algum trabalho nesse sentido para 2020?

“Sinto falta de trabalhar. Não de ter um programa…. Hoje em dia não adianta ter projetos, porque as TV’s estão em crise [financeira]. Nos meus últimos trabalhos, eles pagavam uma merreca tão grande que não cobria nem o custo da minha maquiagem, entendeu? E eu ainda tinha que correr atrás de figurino… Não valia à pena”, desabafa e ainda completa:

“Não quero um trabalho só para aparecer. Tem gente que paga para aparecer. Não é a minha… Gosto de fazer um bom trabalho e ganhar dinheiro. Quando eu fazia meus quadros davam muita audiência”, descreve.

Depressão

Em dezembro de 2011, ao participar do Superpop da Rede TV!, acabou revelando que sofria de depressão desde a infância. Nossa entrevistada fez uma análise sobre a evolução do debate sobre a questão:

“Evoluímos bastante. As pessoas chegaram à conclusão que é a doença do século. Antigamente, você só sabia que uma pessoa sofria de depressão depois que ela se matava. As pessoas assumem mais, conversam mais. Eu acredito que tive uma parcela de ajuda para que isso acontecesse. Ao assumir na mídia, nas entrevistas, eu ajudei bastante. Não é vergonha pedir ajuda profissional, o psiquiatra está apto a te passar uma medicação. Algo precisava ser feito”, bradou.

Bissexualidade x empoderamento feminino

Monique Evans e Cacá Werneck  

Casada com Cacá Werneck desde 2015, a apresentadora falou sobre seu relacionamento com a DJ.

“Em momento algum pensei nisso [empoderamento], simplesmente, era tão natural pra mim… Ando de mãos dadas com ela, nos beijamos de forma tranquila. A gente assumindo, outras pessoas assumiram também. Tornou-se algo cada vez mais natural”, explicou.

Beleza aos 63. Crise?

No auge de seus 63 anos, Monique Evans segue chamando atenção por sua beleza física, contudo, ela diz que nos últimos meses algo vem tirando seu sono.

“A gente tem mais crise aos 50…. Com 60 nos acostumamos um pouco (risos). Por causa dos medicamentos que tomo por conta da depressão, e uma cirurgia que fiz para retirar a vesícula, minha barriga inchou. Não voltou ao normal ainda…. Eu sempre engordo com os remédios…. Isso sim está me deixando um pouco grilada. Não gosto, prefiro quando estou mais em forma. Precisei ficar 45 dias sem malhar, só ando na esteira. Nem estou fazendo caminhada na praia. Fico um pouco chateada com meu peso…  Mas até o casamento da minha filha estarei magra”, concluiu, aos risos.

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Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.