Morando nos EUA, Giselle Itié vai à pré-estreia do filme Inversão no Brasil

A história de uma delegada recém-formada, que é pressionada para resolver o seqüestro de um rico empresário, é o ponto de partida para a trama do longa-metragem Inversão. A pré-estreia aconteceu na quinta-feira (26), no bairro dos Jardins, em São Paulo.  O filme de Edu Felistoque conta com a participação de atores como Giselle Itié, que também esteve em um longa de Silvester Stallone, Marisol Ribeiro, Rubens Caribé, Tadeu di Pietro e Alexandre Barilari.

Muito contente com o trabalho realizado, Giselle, que interpreta a bandida Milla, não escondeu a alegria com o pré-lançamento e veio de Los Angeles, nos Estados Unidos, onde mora atualmente, especialmente para conferir a primeira exibição.

“Foi uma experiência maravilhosa. É muito bom que você pode se entregar na produção. As cenas que acontecem na mata, debaixo de chuva, foram reais e isso foi fantástico. É muito diferente de estar presa a um estúdio de gravação. O Edu desde o começo sabia o que queria e isso ajuda muito o ator”.

Tadeu di Pietro, que vive o empresário Mendonça, diz que este filme foi dificultoso fazer por ter sido feito na mata, de madrugada e durante o inverno, mas, em contrapartida, a produção teve um grande capricho em fazer e o elenco se entregou para as filmagens.

“Foi sofrido, mas foi maravilhoso. Acho que todos nós saímos imanados com este projeto. Já trabalhei com o Edu em Soluços e Soluções e gosto de trabalhar com ele porque é um diretor que deixa o ator fazer a sua criação como parte da obra”, afirma.

Já Marisol Ribeiro, que também está no ar em Morde e Assopra, na Globo, como a beata Melissa, vive uma delegada recém-formada que não quer ser corrompida e diz que o diretor é um cara completamente jovem de cabeça e que tem muita propriedade sobre todo o roteiro do filme.

“Não tínhamos o roteiro do filme e nem sabíamos, às vezes, onde estava a câmera para gravar e somente tínhamos o contexto e a ação. Foi muito interessante! Na minha profissão a coisa mais legal é pensar que pode-se viver tudo o que nunca se imaginou na vida.”

Babando pela produção que acabara de lançar, Edu Felistoque conta que nunca pensou em retratar a violência urbana, mas caiu neste mundo, depois de seus documentários, quando teve oportunidade de conversar desde o líder do Comando Vermelho, no Rio, à mais alta patente da Polícia.

“Existem filmes que são possíveis de acontecer e outros são necessários. Eu não digo que o Inversão seja possível, mas necessário. É preciso que reflitamos sobre a temática da corrupção, da violência, do suborno. Coloquei atores e atrizes, que são de novela, numa experiência diferente, uma dramaturgia documental. Como não tenho contrato com nenhuma grande distribuidora, pude imprimir o que penso na película. O filme é meio autoral, mas não feito somente por mim, mas por cada profissional que passou por ele”, diz.

Com um enredo que traz criminosos e um universo machista, Inversão será exibido em 23 salas de cinema de São Paulo.

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