Morre a cantora Rosana Toledo, aos 79 anos
Por Redação - 09/02/14 às 14:16
Momento triste para os amigos e moradores do Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. Morreu neste domingo (9), a cantora Rosana Toledo, aos 79 anos. Ela sofria de um câncer de pulmão.
Em conversa com O Fuxico, um de seus grandes amigos e admiradores, o hair stylist Julinho do Carmo, contou a notícia com uma enorme tristeza.
"Estou muito triste e abalado com esta notícia. Estava embarcando para a Argentina, quando recebi a notícia. Foi Rosana que incentivou meu projeto dentro do Retiro dos Artistas, do salão que tenho lá ara cuidar de todos os artistas que já tiveram no auge e que hoje residem por lá. Muito triste mesmo", disse Julinho, que relembra o último encontro que teve com Rosana, há pouco tempo, quando esteve visitando o Retiro.
"A ultima vez que me encontrei com ela, cortei seus cabelos. Ela nem quiz ficar na frente do espelho e me disse: 'Julinho, confio em você'. Está a ultima foto que fiz com ela, sua cachorrinha Mel e o ator Maia, que vive or lá também".
Ainda não há informações sobre o velório e enterro de Rosana Toledo.
Trajetória
O nome completo de Rosana Toledo era Maria da Conceição Toledo. Ela nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 29 de setembro de 1934. Começou a cantar no ano de 1938, aos quatro anos de idade, no orfanato de São João Batista. No ano seguinte, transferiu-se para o Colégio Nossa Senhora do Monte Calvário, participando de todas as apresentações musicais realizadas nas festas da escola. Seu começo na carreira artística aconteceu em 1947, ao lado da irmã e também cantora Maria Helena Toledo. Fizeram seu primeiro teste artístico na Rádio Guarani: apresentaram-se no programa Gurilândia com o nome de Irmãs Toledo, defendendo a música Beijinho Doce (Nhô Pai), conhecida criação das Irmãs Castro, de São Paulo. Consagraram-se depois na audição da Hora da Corneta, animada por Valdomiro Lobo. A dupla atuou no cenário artístico até 1951, voltando a se reunir oito anos depois.
Em 1955 partiu para carreira solo apresentando-se na Rádio Mineira. Foi escolhida como melhor cantora por um júri de diretores artísticos mineiros. No ano seguinte, recebeu o título de Rainha do Rádio de Belo Horizonte. Foi contratada pela Polydor para seu primeiro disco em 1957, com a valsa Chove Lá Fora, de Tito Madi e o bolero Faça de conta, de Fernando César, com acompanhamento da orquestra de Enrico Simoneti.
Voltou a Belo Horizonte onde recebeu o Prêmio de Melhor Estrela da Televisão Mineira. Assinando contrato com a gravadora Odeon, gravou o LP A voz acariciante de Rosana, com destaque para Sonata sem luar, de Fred Chateaubriand e Vinícius Carvalho, apresentando-se nas principais cidades brasileiras. Em 1959 refez com Maria Helena a dupla Irmãs Toledo na TV Itacolomi, de Belo Horizonte e em 1960, gravou o Samba Triste e Canção que Morre no Ar. No ano seguinte, foi para a RCA Victor e gravou o samba Maldade e samba-canção Eu e Tu, além do samba Saudade Vem Correndo, de sua irmã Maria Helena Toledo e Luiz Bonfá. Em 1962, ingressou na RGE e gravou o bolero E a Vida Continua de Evaldo Gouveia e Jair Amorim e o samba-canção Dá-me Tuas Mãos, de Erasmo Silva e Jorge de Castro. Em seguida, lançou o LP Rosana… A Voz do Amor, incluindo Tudo de Mim, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Samba em Prelúdio, de Vinícius de Moraes e Baden Powell e Segredo, de Herivelto Martins e Marino Pinto.
Já em 1963 gravou o LP E a Vida Continua, com a faixa título Não Me Diga Adeus, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia e Não Me Diga Adeus, de Paquito, Luís Soberano e João Correia da Silva. Também lançou o LP Sorriso e Lágrima.
Em 1975, participou da série de programas de rádio MPB 100 ao vivo, transmitida para todo o Brasil pelo Projeto Minerva, pela Rede Nacional de Emissoras, produzida e apresentada por Ricardo Cravo Albin. Dessa série resultaram oito LPs com o mesmo título. No ano de 1976 estrelou o espetáculo O Sol Nascerá, ao lado de Cartola, no Ibam, Rio de Janeiro.
Era moradora do Retiro dos Artistas desde 2001 e sempre que podia fazia shows promovidos pelo local.
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