Morre Dona Canô, aos 105 anos
Por Redação - 25/12/12 às 10:28
Atualizada às 10h40
Uma notícia triste neste Natal. De acordo com informações do plantão Globo de Jornalismo, morreu nesta terça-feira (25), dona Canô, aos 105 anos, em sua casa, em Santo Amaro da Purificação, após passar o Natal com seus 8 filhos, entre eles Caetano Velloso e Maria Bethânia, 9 netos e 6 bisnetos. Foi Rodrigo Velloso quem informou sobre a morte da mãe. A causa foi uma parada cardiorespiratória.
Dona Canô foi internada no Hospital São Rafael, em Salvador, no último dia 15, vítima de uma isquemia cerebral (AVC). Ela foi levada de Santo Amaro da Purificação, onde morava no Recôncavo Baiano, para a capital. No dia 21 ela recebeu alta hospitalar e, segundo contou Caetano Veloso em seu Twitter, seguiu com tratamento em home care. Para sair do hospital, Dona Canô pediu um vestido branco novo.
Em novembro passado ela ficou quatro dias internada com sintomas de uma forte gripe.
Ainda não se tem informações sobre o velório da matriarca da família Velloso.
A matriarca
Claudionor Viana Teles Velloso, a querida Dona Canô, nasceu em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Foi casada durante 53 anos com José Teles Velloso, conhecido como Seu Zeca, que morreu aos 82 anos, em 1983 e com quem teve 8 filhos biológicos, entre eles, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Desde cedo, sempre foi o incentivo maior para os filhos seguirem a música.
Conhecida por sua personalidade forte e receptividade, Dona Canô participava sempre da tradicional Festa de Reis em Santo Amaro, que reune milhares de pessoas em toda região. A celebração de seus aniversários também se tornou um marco, atraindo muitas pessoas para a festa.
Dona Canô sempre aparecia vestida toda de branco em seus aniversários. Quando completou o centenário, a missa foi celebrada pelo então arcebispo primaz do Brasil, cardeal Dom Geraldo Majella. De Dom Geraldo, Dona Canôrecebeu a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.
Depois das comemorações em Santo Amaro, Dona Canô foi para um hotel festejar os 100 anos. Ela foi recebida pela família e pelos amigos mais próximos.
Atrás da aparência frágil, com um corpo miúdo e fala mansa, Dona Canô escondia a longevidade de poucos e a saúde considerada de ferro. Ela repetiu em diversas oportunidades que era dona de uma fama que sempre disse não entender o motivo, referindo-se ao intenso interesse da imprensa sobre ela e sua vida em Santo Amaro da Purificação.
Se tornou um símbolo não só de Santo Amaro, como do Recôncavo Baiano, onde sempre lutou para melhorar a cidade e acolheu os moradores como uma mãe.
Morava em um sobrado, de número 179, no centro de Santo Amaro, local que se tornou um dos pontos turísticos do município. A casa onde residiu Dona Canô e a família Veloso sempre esteve com as portas abertas para os moradores locais e também para os turistas. No casarão antigo, as paredes são cobertas de fotografias e histórias dela e de toda família.
Nas entrevistas que dava para a imprensa, Dona Canô costumava destacar a felicidade que sentia ao poder ter vivido o suficiente para acompanhar o crescimento dos filhos e netos, tendo até conhecido os bisnetos. Sua lucidez a acompanhou até os últimos dias de vida.
O AVC
AVC isquêmico significa a falta de circulação sanguínea uma área do cérebro, provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
Dona Canô recebe alta hospitalar
Dona Canô teve leve piora, mas passa bem
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