Morre Guilherme Karan, aos 58 anos

Por - 07/07/16 às 13:21

Reprodução
Após travar uma grande luta contra a rara síndrome de Machado-Joseph, doença  genética e hereditária, podendo ser transmitida pelo pai ou mãe, ator Guilherme Karam morreu na manhã desta quinta-feira (07), no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O ator estava internado há dois anos, tratando da doença. 
 
Conhecido por personagens marcantes, o último trabalho de Guilherme Karam na televisão foi na novela América, de uma de suas grandes amigas, a novelista Gloria Perez. A trama foi exibida na Globo em 2005. Karan também conquistou o carinho do público quando integrou o elenco do extinto humorístico TV Pirata, no qual eternizou diversos personagens, como o apresentador da TV Macho, Zeca Bordoada.
 
De acordo com o pai de Guilherme, o militar aposentado Alfredo Karam, o ator herdou a doença da mãe, que repassou também aos outros três filhos. Dois morreram, além da mãe, e uma irmã de Karan se mantém em uma cadeira de rodas.
 
Nas raras visitas no hospital, nos últimos seis meses, Guilherme Passou a permitir a presença de poucos amigos como a atriz Tessy Callado. Isso porque ele já não falava mais é só se comunicava com os olhos. 
 
Síndrome de Machado-Joseph 
A síndrome de Machado-Joseph é uma doença autossômica dominante, causada por uma mutação no gene do cromossomo 14, que gera uma proteína anormal (a ataxina 3) que se acumula dentro de algumas células do cérebro. O diagnóstico é feito através de uma conversa com o paciente, onde é verificado se existe algum histórico da doença na família. Pode-se também realizar um teste genético para verificar a existência da síndrome. O tratamento é paliativo, ou seja, apesar de pesquisas, ainda não encontraram uma vacina ou tratamento que extermine a doença.
 
Trajetória
Com uma carreira marcada por personagens cômicos, Guilherme Pontes Karan nasceu no Rio de Janeiro e desde 1984, quando estreou na TV como o Políbio, na novela Partido Alto, acumulou papéis marcantes. 

Por dois anos, entre 1986 e 1988, Karan migrou para a extinta TV Manchete, onde atuou em novelas importantes para a teledramaturgia, como Dona Beija e Carmem.

De volta à Globo em meados de 1988, o ator fincou seu lugar no divertido TV Pirata, até 1990, ano em que voltou atuar em novelas como o Porfírio, em Meu Bem, Meu Mal. 

Seguiu em sucessos como Perigosas Peruas, Engraçadinha, Explode Coração, Hilda Furacão, Pecado Capital, O Clone e América.

No dia 29 de abril de 2005 ele sofreu um assalto dentro de um táxi, no Rio de Janeiro. Karan fisicamente nada sofreu, mas o motorista do táxi foi assassinado ao reagir. A partir daí, o artista começou a apresentar sinais da doença. 
 

 

 


 

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