Morre o jornalista Gilberto Dimenstein

Após iniciar uma batalha contra o câncer no pâncreas, desde o ano passado, o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu nesta sexta-feira (29), em São Paulo.

"Morre hoje, 29, o jornalista Gilberto Dimenstein. A luta contra o câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta página", diz uma postagem publicada no perfil do Catraca Livre, site criado por ele, nas redes sociais.

Livro sobre a doença

Paulistano e de origem judaica, em um vídeo postado em abril, Dimenstein, de 63 anos, relatou que estava passando pelo momento mais difícil de sua vida. Com a mulher, a também jornalista Anna Penido, ele escrevia o livro Os Melhores Dias da Minha Vida – Lições de um Câncer, que tinha previsão de ser lançado até julho. 

Formado em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista, ele publicou dez livros e acumulou êxitos ao logo da trajetória. 

Profissional exemplar

Ele trabalhou também como colunista no jornal Folha de S. Paulo, onde também foi como diretor na sucursal de Brasília e correspondente em Nova York. Atuou ainda como comentarista da rádio CBN. O jornalista deixou as atividades para se dedicar a um projeto particular, o site Catraca Livre, uma plataforma multimídia de jornalismo educativo que divulga atividades culturais gratuitas em São Paulo.

Ele trabalhou ainda no Jornal do Brasil, Correio Braziliense e na revista Veja. Ficou conhecido pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio-ambiente, nos quais atuava com projetos sociais.