Morre o sambista Nelson Sargento, vítima da covid-19, aos 96 anos
Por Redação - 27/05/21 às 11:44
O país perdeu nesta quinta-feira (27) um dos maiores nomes do samba nacional. Morreu, vítima da covid-19, o sambista Nelson Sargento, aos 96 anos. Ele era presidente de honra da Mangueira, a mais tradicional escola de samba do Rio de Janeiro.
Sargento apresentava quadro de saúde estável. Como ele já fazia acompanhamento de um câncer na próstata, que estava sobre controle, a família optou por procurar o Inca.
Em função da idade, o sambista esteve entre os primeiros a receber a vacina contra a covid-19. No dia 31 de janeiro durante cerimônia da campanha de vacinação, no Palácio da Cidade, ele recebeu a vacina Coronavac. A segunda dose, em 26 de fevereiro, foi aplicada em sua casa, na Zona Norte do Rio.
Anda não há informações sobre o funeral do sambista.
Carreira de sucessos
Nelson Matos, nome de batismo de Nelson Sargento, fez parte do grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho, nos anos 1960.
Ele foi parceiro de nomes consagrados como Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. Entre suas composições estão clássicos como “Agoniza, Mas Não Morre”; “Cântico à Natureza”; “Encanto da Paisagem”; “Falso Amor Sincero”; “Século do Samba”; e “Acabou Meu Sossego”.
Ele ainda mostrou seu talento na literatura, com os livros "Prisioneiro do Mundo" e "Um certo Geraldo Pereira". No cinema, ele atuou nos filmes "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas, "Orfeu" de Cacá Diegues, e "Nelson Sargento da Mangueira" de Estêvão Pantoja, que lhe rendeu o prêmio Kikito, no Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem.
O sambista deixa a viúva, Evonete, seis filhos biológicos e três adotivos.
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