Morre Vida Alves, pioneira do 1° beijo na TV Brasileira

Por - 04/01/17 às 08:41

Divulgação/TV Globo

Na noite da última terça-feira (3), morreu a atriz, escritora e pioneira do primeiro beijo na televisão brasileira, Vida Alves. Ela tinha 88 anos e estava internada no hospital Sancta Maggiore desde 28 de dezembro. Vida morreu de falência múltipla dos órgãos.

Com mais de 70 anos de carreira, ela trabalhou no rádio, passou para as telenovelas, onde contracenou com grandes nomes como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Eva Wilma e Aracy Balabanian, fez carreira no cinema, apresentou programas na TV e escreveu novelas. Além do primeiro beijo, na década de 50, ela também deu o primeiro beijo gay na televisão, na década de 60.

Em 1995, ela criou a Associação dos Pioneiros Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira (Pró-TV), que busca preservar a memória da televisão brasileira.

Vida Alves nasceu em Itanhandu (MG) e é avó da cantora Tiê. Sua trajetória é contada na biografia "Vida Alves – Sem medo de viver", de Nelson Natalino, lançada em 2013 pela editora Imprensa Oficial.

De acordo com o site G1, a saúde da atriz se complicou há um ano, quando se submeteu a uma cirurgia, mas o problema de saúde persistiu.

O velório está sendo realizado no cemitério do Araçá partir das 7h desta quarta-feira (4).

Taís, uma das filhas de Vida, falou ao jornal Hora 1 sobre toda a trajetória da mãe e sua contribuição para a televisão. "Vida foi uma inovadora, uma beijoqueira, e eu ainda brincava: 'Vidinha, ainda bem que você não deu o segundo beijo [da história da TV], porque do segundo beijo ninguém fala. Ela foi a primeira beijoqueira".

Tiê escreveu sobre a morte de sua avó nas redes sociais: "Dona Vida Alves fez a passagem. Minha amiga, minha avó, minha parceira, minha musa beijoqueira. 88 anos de muita luz, amor, arte e vida. Vire estrela e descanse em paz. Te amo pra sempre e vou sentir saudades todos os dias", escreveu a cantora.

Sua instituição, a Pró-TV, a qual ela presidia até hoje, também divulgou uma nota lamentando a morte de Vida Alves. "Incansavelmente, ao lado dos colegas de profissão, lutou pela criação de oficial do Museu da Televisão Brasileira, que por 13 anos abrigou dentro de sua casa, e pela preservação da memória da radiodifusão. Nesse momento difícil, nos solidarizamos com a família de Vida Alves, com seus amigos e colegas da área, que ela sempre fez questão de representar".

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