Morte de Marília Mendonça completa seis meses e investigação está parada

Por - 06/05/22 às 15:00

Marília Mendonça completa 6 meses de mortaFoto: Reprodução/ Instagram @mariliamendoncacantora

Na quinta-feira, 05 de maio, completou seis meses da morte de Marília Mendonça. A cantora e outras quatro pessoas foram vítimas fatais em um acidente aéreo na região da Serra de Caratinga, em Minas Gerais. A investigação policial sobre as causas do acidente, contudo, estão suspensas há um mês. Ainda não se sabe quem foi o responsável ou o que causou a queda da aeronave.

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No último dia 08 de abril, a Polícia Civil parou de apurar as causas do acidente, após Superior Tribunal de Justiça (STJ) ser acionado para decidir de quem é a competência pelo julgamento. Houve o chamado conflito negativo de competência, quando nenhum dos dois juízos, primeiro o federal e depois o estadual, declaram-se competentes para o caso.

O inquérito, presidido pela Polícia Civil de Minas Gerais, foi pausado após a Justiça Estadual e Federal entrarem em conflito sobre qual dos dois órgãos é responsável pelo caso. A apuração deveria ser enviada à Polícia Federal, caso a Justiça Federal assumisse o processo.

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Na última semana de abril, o ministro relator do STJ, Antonio Saldanha Palheiro, da Terceira Seção, decidiu que a Polícia Civil voltará a ser responsável pelas investigações. Até a quarta-feira, 04 de maio, os autos do processo ainda não tinham sido recebidos em Minas, quando finalmente a polícia diz que “dará continuidade às investigações”.

Na manhã de quinta-feira, 05 de maio, o delegado disse que todos os laudos periciais da polícia já estão prontos. Mas as investigações precisam dos relatórios que estão sendo elaborados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para serem concluídas. “São elementos importantes para o desfecho desse inquérito”, disse ele.

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O QUE JÁ FOI INVESTIGADO

Em entrevista coletiva no último do dia 25 de novembro, o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos disse que todos os passageiros da aeronave foram vítimas de politraumatismo contuso, durante a queda da aeronave.

Segundo ele, todos os ocupantes morreram em consequência do choque da aeronave com o solo. Ou seja, as mortes aconteceram apenas depois que todos já estavam no chão.

Po segurança, foi coletado material para exames complementares “para identificar outras causas que poderiam concorrer de alguma forma com o óbito”: exames toxicológicos, de teor alcoólico e anatopatológicos (para ver se as vítimas tinham alguma doença prévia que poderia contribuir com a morte). Todos esses exames deram negativo.

Na coletiva, o delegado Ivan Lopes disse que tinha ouvido o piloto que pousou 20 minutos depois do acidente aéreo e ele disse que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave em que Marília Mendonça estava.

CEMIG NÃO FOI OUVIDA

No último dia 05 de dezembro, quando a tragédia completou um mês, o G1 Minas revelou que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) ainda não tinha sido ouvida. Segundo a Polícia Civil, uma das duas linhas de investigação sobre as causas do acidente é justamente a colisão contra linhas de torres de distribuição da Cemig.

“A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente”, disse o delegado Ivan Lopes Sales na única coletiva de imprensa que a Polícia Civil deu sobre o caso, no fim de novembro.

A outra hipótese é de problemas nos motores da aeronave, que está sendo apurada pelo Cenipa.

De acordo com o delegado Ivan Lopes Sales, responsável pelas investigações, a Cemig já “respondeu a questionamentos feitos pela polícia e entregou elementos que auxiliarão nas investigações”. Ele não deu detalhes sobre o teor das respostas.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino