‘Não me assusta’, diz Mônica Martelli sobre chegar aos 50

Por - 12/06/17 às 17:24

Divulgação/TV Globo/Raphael Dias

Mônica Martelli é conhecida por seus papéis, principalmente no cinema, de comédia. Aos 49 anos e mãe de Júlia, de 7, a atriz abriu o jogo, em entrevista à revista Contigo, sobre o divórcio com o produtor musical Jerry Marques, e sobre como superou o período de luto desde o término.

“Estou divorciada há quatro anos e esse distanciamento me permitiu falar com propriedade. Nos dois primeiros anos, eu apenas vivi o luto e a volta para a vida normal e, nos últimos dois, escrevi o texto (para a peça Minha Vida em Marte). E o tempo é legal para escrever tudo com humor e não com tanta mágoa”, disse.

Mônica, sempre bem humorada, ainda contou que se separar foi a melhor coisa que fez.

“Me separar foi a melhor coisa que eu fiz. Quando termina o relacionamento, você vê todo o seu futuro e seus planos saindo pela porta e isso machuca. E a minha nova peça trata disso, de uma mulher lutando pelos sonhos com o marido, mesmo com todos os sinais de que o casal está quase no fim”, contou.

E ainda continuou, dizendo que seus fracassos amorosos, hoje, viram pérolas.

“Estou quase nos 50 anos e o que mais vejo de benefícios é o autoconhecimento. Cada relação que eu tenho, dor, amor… Eu aprendo muito de mim. No Tibete, as pessoas evoluem meditando, mas aqui, no ocidente, a gente evolui se relacionando com os outros, é dividindo contas, brigando… Os meus fracassos amorosos são as minhas pérolas hoje”, confessou.

Martelli também comentou sobre a educação que dá à filha e que conversa com a menina sobre assuntos adequados à sua idade.

“Tento conversar com a minha filha aos poucos, sobre assuntos adequados à idade dela. Tudo pode, se ela quiser! Esse é o meu maior ensinamento e o lema da educação emocional dela. Sou de uma geração que viveu abusos sem saber, eu transei com o meu primeiro namorado sem querer e isso foi um estupro. Não tinha essa consciência, mas a Júlia vai crescer com ela (…) Se um dia ela me dissesse que é transexual ou lésbica, simplesmente ela teria meu apoio. Quero o amor para a minha filha, que ela seja amada e possa amar também. As mães criam uma expectativa natural de que a menina seja heterossexual, faz quarto cor de rosa para menina e azul para menino. Mas, a felicidade não tem cor e é isso que eu busco e ensino para a Júlia”, revelou.

E sobre a tal crise de meia idade, a apresentadora do Saia Justa, do GNT, dispara que não tem medo de chegar aos 50 anos.

“Ano que tem, eu terei vivido meio século. Não me assusta, mas a sensação é que estou indo para a última etapa da vida. Já começo a plantar sementes para daqui 20 anos só e não consigo pensar tanto para depois. A vida é assim, envelhecer, porém, sei que estou vivendo exatamente como imaginei e como eu gostaria”, finalizou.

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