“Não me incomodo em ficar descamisado na TV”, diz Marcos Pitombo

Por - 22/03/13 às 09:00

Greg Vaughan/ Divulgação

Um dos galãs de maior sucesso na Record, Marcos Pitombo é aposta da novela Pecado Capital, escrita por Carlos Lombardi, que estreia no segundo semestre de 2013. Na trama, o bonitão dará vida ao misterioso Ramiro, um rapaz aspirante a bandido, que sonha em crescer no mundo do crime.

Realizado com a trajetória profissional, Pitombo comemora a sua sétima obra na TV. Desde que deixou a Globo, em 2006, ele prova habilidade de interpretação na Record, com personagens distintos, como o Rei Assuero em A História de Esther (2010) e o herói Valente, de Caminhos do Coração (2008).

Aliás, tendo consciência do seu talento, Pitombo afirma a O Fuxico que não se incomodará, caso seja  mais um dos descamisados de Lombardi, autor que sempre revela corpos masculinos em suas produções, como Uga-Uga e Kubanacan. Para o ator, o corpo é apenas mais uma ferramenta de trabalho.

O Fuxico: Em Pecado Capital, você vai interpretar um aspirante a bandido. O que pode adiantar dele e da história?

Marcos Pitombo: A novela fala, entre outros assuntos, da entrada da cocaína no Rio de Janeiro, em 1977, dos bandidos da época, da contravenção da época, que era o jogo do bicho. Meu personagem está inserido neste contexto e é um aspirante a criminoso. Só que ele está na parte mais baixa da hierarquia e os desejos dele é muito maior. De qualquer maneira, ele provocará muito mistério no folhetim e, por esse motivo, não posso adiantar mais coisas.
 
OF: Está fazendo algum laboratório?

MP: Busco referências da época, pesquiso como eram os estilos, o comportamento, a moda, a música… Ainda não sei a sinopse detalhada, mas também estou pesquisando sobre a criminalidade, drogas, os elementos que podem me ajudar a compor o personagem. Acredito que no final do mês vão ocorrer workshops para nos preparmos para a trama.

OF: Tanto a Globo quanto a Record investem em novelas de época. O que pensa sobre esse perfil?

MP: Muito bacana, principalmente porque leva o ator obrigatoriamente a outro universo. Exige que nos esforcemos mais, busquemos e encontremos esse personagem, que tem outro figurino, outra forma de pensar, em outro contexto. É curioso, é prazeroso, é se verticalizar. Quando fiz A História de Esther (2010), vivi 400 anos antes de Cristo com o Rei Assuero, então fui obrigado a sair do lugar comum. As palavras ganham outro peso e a composição é determinante para o resultado.

OF: Das novelas que realizou até agora, quais foram as suas preferidas?

MP: Sou muito feliz pela minha história na TV. Meu primeiro trabalho na Record foi em Mutantes e entrei no meio da novela, com um sucesso tremendo, rendendo 25 pontos de média. Gostei de passar pelo universo fantasioso, de seres fantásticos do Tiago Santiago. O personagem Valente foi o meu primeiro trabalho importante na TV e teve um peso importante na minha carreira. Através dele, fui protagonista da minissérie A História de Esther, que foi outra grande responsabilidade. Também gostei do Lucas Ferreira, de Vidas em Jogo, que começou a novela com tons mais claros, boa praça, mas acaba enlouquecendo por conta das circunstancias. Agora, aposto em Ramiro.

OF: Carlos Lombardi sempre descamisa seus personagens nas tramas, como Uga-Uga, Quintos dos Infernos e Kubanacan. Apesar do corpo em forma, se incomoda em ficar sem camisa?

MP: Não me preocupo e nem me incomodo de estar com camisa ou descamisado na TV, me preocupo apenas na verdade do meu personagem. Quando fiz Malhação (2007), interpretava um adolescente e fiz uma série de atividades físicas para ter um corpo de adolescente. Quando estive em Vidas em Jogo, cortei um pouco os exercícios… Isso se reflete em todos os outros personagens e em todos os trabalhos. Meu corpo é apenas um instrumento para a arte, para vestir e dar características. Como sempre gostei de esportes, acabo buscando nele também esta composição. Não é a forma do Marcos que conta, é forma que o personagem exige.

OF: Você é vaidoso?

MP: Tenho uma preocupação com saúde de forma geral, alimentação equilibrada, exercícios que fazem bem para o corpo e a mente. Também me preocupo de estar com a pele boa, tratar das espinhas e me vestir bem. A vaidade acaba sendo uma aliada à profissão, mas pode ser uma faca de dois gumes. Não devemos ficar só na aparência, tê-la como principal pilar. É apenas mais uma ferramenta de trabalho, para eu estar bem fisicamente e mentalmente.  

OF: O que você faz para cuidar do corpo?

MP: Tenho um acompanhamento com um personal trainer e sempre o consulto nas séries de exercícios, mas não tem segredo. Por exemplo, quando como demais nos finais de semana, faço mais exercícios aeróbicos, corrida, para eliminar as calorias. Corro pela orla e é sempre muito agradável. Na academia, costumo fazer 40 minutos diários, mas nada muito cansativo, nada que leve muito tempo. Essa pequena preocupação já faz muito bem.  

OF: Você cursou três anos de odontologia, antes de se tornar ator. Como seria o Marcos Pitombo dentista?

MP: Encontro alguns colegas de faculdade e vejo que alguns são formados, outros deixaram a profissão, outros também abandonaram a faculdade. A odontologia é um mercado que está saturado e, se não fosse ator, talvez eu não estivesse nele também, tivesse fazendo outra coisa. Desde o começo, eu não gostava da parte clínica.

OF: E como você iniciou a carreira de ator?

MP: Como eu disse, foi após uma volta ao mundo. Vou explicar: na faculdade de dentista, pensava que fosse ser mais feliz se entrasse para a parte acadêmica ou na divulgação de produtos. Para isso, busquei o curso de teatro para a desinibição, para tirar a minha timidez. Levei a faculdade e o teatro ao mesmo tempo, até que fui convidado para a Oficina de Atores da Globo. Para me inscrever, fui tirar uma foto e a agência me selecionou para um trabalho de modelo na Ásia. Tranquei a faculdade e rodei o mundo como modelo até 2006, quando a Globo entrou em contato para eu fazer Malhação. Não precisei retornar para a faculdade de odontologia, a novela foi um sucesso e as coisas foram acontecendo em minha vida.

OF: Está realizado com a profissão?

MP: Totalmente, graças a Deus! A cada dia é um aprendizado e uma conquista. 

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