‘Não sou dono da marca Vai de Bet’, diz Gusttavo Lima

Por - 30/09/24 às 16:24

Gusttavo Lima de camisa preta e óculos escurosReprodução/ Instagram @gusttavolima

No início da tarde desta segunda-feira, 30 de setembro, Gusttavo Lima abriu uma live com seu advogado, Cláudio Bessa, para falar do fato de ter sido indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e organizacão criminosa, supostamente vinculada a um esquema de apostas ilegais.

“Desde moleque, trabalhando sem parar. Comecei a trabalhar com 10 anos, não me arrependo, porque acho que o trabalho dignifica o ser humano. Desde que comecei a trabalhar, em 2008, meus fãs sabem de onde vim. Depois de tudo isso que começou a surgir, fui surpreendido por tantas mentiras e suposições, fake news…. Fiquei: rapaz, não é possível que fiz alguma coisa errada”, contou.

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“Não sou dono da Vai de Bet. Eu tenho 25% das ações. Isso não quer dizer que eu sou dono da empresa. Eu sou garoto-propaganda. O jogo é diversão. Tem que haver educação financeira. Minha relação com os donos da Vai de Bet é profissional. Eu fui convidado por eles para ser Embaixador da marca há anos. Nosso relacionamento é muito profissional”, disse.

O cantor continuou: “Eu não devo nada. O que estão fazendo comigo é assassinato de reputação. Eu não estou foragido. Quando eu viajei pra Grécia eu nem sabia de nada.”

“A partir do dia 4 (de setembro) para cá eu fui surpreendido com tantas mentiras, com tantas suposições, com tantas fake news. Jamais trocaria minha paz por nenhum dinheiro desse mundo. Eu estou muito tranquilo”, afirmou.

Gusttavo ainda é suspeito de uma negociação irregular de duas aeronaves para empresários ligados aos jogos ilegais.

“Tenho todas as notas fiscais das vendas. Tenho toda documentação. Tudo será analisado pela Polícia e pela Justiça. Quero que investiguem. O prejuízo que estão fazendo com o meu nome é gigantesco”, contou.

“Tudo o que eu conquistei é fruto do meu trabalho. Eu canto desde os meus dez anos. Eu viajei 74 países. Eu só trabalho. Tudo o que eu tenho é graças aos meus fãs. 25 anos dedicados a muito trabalho e muito esforço. Meus fãs sabem disso”, pontuou.

“Eu vim para os Estados Unidos para preservar a minha mulher e meus filhos. Eu estou à disposição da Justiça 24 horas. Eu não sou bandido! Estou aqui trabalhando”, disse.

O advogado contou ainda que o show em Pernambuco, no dia 2, foi cancelado, mas que já era uma negociação anterior.

“Vamos ver outra data. E outra, por que eu não posso fazer show para as Prefeituras? Só eu que faço? A gente faz o show mais barato para gerar economia. Então, por que estão só no meu pé?”, questionou.

O Caso

A Polícia Civil de Pernambuco está investigando se o cantor Gusttavo Lima tem participação em um suposto esquema de jogos ilegais. A investigação faz parte da Operação Integration, que apura o envolvimento de 53 pessoas, incluindo empresários e a influenciadora Deolane Bezerra, além do artista.

Um dos principais focos da investigação é a empresa Vai de Bet, ex-patrocinadora do Corinthians. De acordo com o inquérito, Gusttavo Lima tornou-se sócio da empresa em julho de 2024, adquirindo 25% de participação. No entanto, a polícia suspeita que o cantor já atuava como proprietário oculto da Vai de Bet antes disso. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

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A empresa firmou um acordo milionário de patrocínio com o Corinthians em 2023, o que acabou levantando suspeitas de irregularidades. Um conselheiro do clube revelou à polícia que o presidente da equipe chegou a falar com Gusttavo Lima por telefone, referindo-se a ele como dono da Vai de Bet na época do contrato.

Operação Integration e novas suspeitas

Durante a investigação, a polícia apreendeu R$ 150 mil na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima, e encontrou notas fiscais que indicam transações suspeitas entre as empresas do cantor e a Vai de Bet. Mais de R$ 8 milhões foram pagos ao artista pelo uso de sua imagem e voz.

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Além disso, o cantor é investigado por transações envolvendo a venda de aeronaves para empresários ligados ao esquema. Em uma das vendas, uma aeronave foi repassada para a Sports Entretenimento, e, em outra, o mesmo avião foi negociado com a J.M.J Participações sem que reparos fossem comprovados.