Nathalia Dill realiza sonho e encara as dificuldades de interpretar uma vilã
Por Redação - 24/08/13 às 18:02
A ideia de ficar estigmatizada no papel de heroína dos folhetins já começava a preocupar Nathalia Dill. A jovem carioca de 27 anos estreou na tevê em 2007, como a dissimulada Débora de Malhação. Mas, em seguida, emendou quatro papéis de boas moças na televisão. Foi o suficiente para sinalizar, enquanto ainda gravava como a íntegra Débora de Avenida Brasil, que gostaria de experimentar, em uma trama adulta, um papel de caráter questionável. E a diretora Amora Mautner não só ouviu, como também cedeu à vontade da atriz, escalando-a para viver a vingativa Sílvia de Joia Rara, novela que a Globo estreia no dia 16 de setembro.
"Amora, Duca e Thelma compraram meu 'barulho'. Parece garantido colocar certas atrizes em papéis de heroínas, mas o legal é justamente mostrar que dá para passear por todos os lados", defende.
Na trama, o pai de Sílvia morre depois de passar um período preso injustamente, ser solto e não conseguir se reerguer. Tudo por culpa do rude Ernest, vivido por José de Abreu. A partir de então, Sílvia decide fazer de tudo para se vingar. E, para isso, tenta entrar na família do inimigo através de seu filho mais velho, Franz, papel de Bruno Gagliasso. O problema é que o rapaz só tem olhos para a mocinha Amélia, de Bianca Bin.
"A motivação da Sílvia é a vingança. Mas acredito que, antes do final, ela viva um momento de redenção a partir do amor. Está previsto um envolvimento dela com Viktor, irmão do Franz", adianta Nathalia, referindo-se ao papel de Rafael Cardoso.
O Fuxico: Sua personagem em Joia Rara quer vingar a morte do pai e, para isso, se infiltra na família do algoz dele, Ernest, papel de José de Abreu. Histórias de vingança têm sido muito abordadas em novelas ultimamente. Isso preocupou você ao ler sobre a personagem?
Nathalia Dill: Não, achei incrível! A vingança sempre está, de alguma forma, inserida na maioria dos folhetins. Assim como temos a história de amor, o triângulo amoroso, o vilão… Se eu for me preocupar com essas repetições, não vou mais fazer novelas. A gente até pode generalizar e colocar todas as vinganças no mesmo pote, mas as linhas em que elas são praticadas podem ser bem diferentes. E é esse o caso em Joia Rara.
OF: Que particularidade você destaca e que chamou sua atenção?
ND: A Sílvia é encarada como vilã, mas acho que vai ser fácil o público entender um pouco o lado dela. Para mim, nem é tão vilã assim. O que é mais legal ali é que vamos ver um embate de vilões, porque ela quer se vingar de um homem que é mau. Quem é o pior ou o melhor? Será fácil definir isso? Os mocinhos dessa história são muito nítidos, mas nossos vilões estão um em cima do outro.
OF: Você estreou como antagonista em Malhação, em 2007, e, de lá para cá, já fez quatro novelas interpretando mulheres que se assemelhavam na boa índole. Fazer uma vilã era um desejo seu?
ND: Sim, totalmente. Conversei sobre isso com a Amora Mautner (diretora) e ela abriu esse espaço para mim. Na verdade, ela e as autoras, a Thelma Guedes e a Duca Rachid, compraram meu barulho. É muito fácil estigmatizar alguém, deixando-o sempre no mesmo lugar. Nossos papos começaram na época em que eu ainda gravava Avenida Brasil e, então, elas me propuseram essa personagem. Fiquei bem animada e feliz porque parece garantido colocar certas atrizes em papéis de heroínas ou mocinhas e o legal é justamente mostrar que dá para passear por todos os lados. Aqui, por exemplo, eu achava que seria mais fácil, porém não é. Essa novela tem sido um grande exercício de interpretação para mim.
OF: Por quê? Que dificuldades tem enfrentado?
ND: Eu até vivi esse lado de fazer vilã um pouco em Malhação, mas ali era uma trama jovem, com outros conflitos. Aqui é outra energia. Primeiro, porque é uma personagem mais densa e madura. E também pela própria época, é outro registro. Isso me dificulta porque não posso usar trejeitos naturais e correr o risco de parecer contemporâneo demais. A minha personagem também é muito fria e calculista. Então, na hora de estudar as cenas, preciso adotar uma postura assim, mais racional e menos intuitiva.
OF: Você recorreu a algum material como fonte de pesquisa para se sentir mais segura nessa posição?
ND: Tenho visto alguns filmes antigos, que me remetem ao período abordado na novela. E também outros que têm mulheres fortes em sua trama principal. Conto ainda com as aulas de design de jóias, em função do trabalho da Sílvia. Na história, essa é uma profissão que ela herdou do pai, então a direção indicou que eu aprendesse um pouco sobre isso. Acaba que, nesses encontros, também entendo o panorama da época, a partir do que era usado no período.
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