Nego Di, ainda preso, é condenado por difamação e estelionato

Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, continua preso. E agora aaba de ser condenado a um ano, um mês e dois dias de detenção em regime aberto por difamação. Isso por injúria contra a deputada Luciana Genro.

Veja as polêmicas envolvendo Nego Di

A decisão da 4ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Porto Alegre aconteceu na última sexta-feira, 23 de agosto. A pena, contudo, acabou convertida em serviços comunitários e pagamento de uma multa de cinco salários mínimos.

A condenação se baseou em comentários feitos por Nego Di em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, em 11 de março de 2020. No registro, o humorista referiu-se à deputada como “velha sem vergonha” e “maconheira”.

Luciana Genro, ofendida pelas declarações, apresentou uma queixa-crime, o que levou à condenação do influenciador. O juiz Eduardo Furian Pontes destacou que as palavras de Nego Di prejudicaram a reputação da deputada e impactaram negativamente sua carreira.

Outras acusações contra Nego Di

Nego Di enfrenta ainda acusações mais graves. Ele está preso preventivamente desde 14 de julho em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, sob suspeita de estelionato.

Entenda o motivo da prisão de Nego Di

A investigação aponta que o influenciador, juntamente com seu sócio Anderson Bonetti, abriu uma loja online, Tadizuera, que vendia produtos que nunca foram entregues.

Entre março e julho de 2022, mais de 370 pessoas caíram no golpe, gerando desse modo um prejuízo superior a R$ 330 mil, com movimentação financeira de mais de R$ 5 milhões.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou, em 1º de agosto, um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Nego Di, sobretudo mantendo o humorista preso na Penitenciária Estadual de Canoas. Entretanto, além das acusações de estelionato, ele também é alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro.

Histórico e envolvimentos anteriores

Nego Di ganhou notoriedade ao participar do Big Brother Brasil em 2021, onde foi o terceiro eliminado com 98,76% dos votos. Após sua saída do reality, ele continuou a gerar polêmica, promovendo rifas em suas redes sociais, prática que está sendo investigada pelo Ministério Público.

Além disso, Nego Di já enfrentou sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgação de fake news. Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça ordenou a exclusão de postagens nas quais ele fazia acusações falsas sobre a atuação das autoridades durante enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O Tribunal proibiu o humorista de repetir tais afirmações, sob pena de multa de R$ 100 mil.

Confira na íntegra a nota da defesa de Nego Di

Referente ao pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), nesta quinta-feira (01), a defesa de Dilson Alves da Silva Neto constata, mais uma vez, que os fundamentos trazidos pelo acusado não são considerados. Causa surpresa, ainda, que nem mesmo os fatos que já foram esclarecidos por Nego Di em interrogatório são analisados. Mesmos fatos que seguem sendo utilizados como se verdade fossem, enquanto há documentos juntados ao processo, que provam o contrário.

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A defesa segue trabalhando e acreditando na justiça, com total confiança na inocência de Dilson e no real esclarecimento dos fatos que envolvem as acusações.

Tatiana Borsa – OAB/RS 47.419
Camila Kersch – OAB/RS 70.616