Nego Di enfrenta risco de perder bens por dívidas de loja virtual

Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, pode ter seus bens penhorados para pagar vítimas que compraram produtos de sua loja virtual “Tadizuera” e não receberam as encomendas. O advogado criminal Mateus Marques acredita que a Justiça pode usar o patrimônio do ex-BBB, preso na última semana, para reparar os danos sofridos pelos clientes.

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“Bens podem ser sequestrados e penhorados para garantir indenização e reparar o dano. Mas isso depende da Justiça. A prisão vai servir como uma bola ao centro: a gente sabe que ele não vai ficar muito tempo preso. Se ele for inteligente, pode colaborar. Caso contrário, é o tempo da Justiça”, explicou ao portal G1.

Atuação da loja virtual de Nego Di

Nego Di é suspeito de um esquema de estelionato. Em 2022, ele abriu a loja virtual com um sócio e vendeu produtos que nunca foram entregues. As autoridades policiais estimam o prejuízo às vítimas em R$ 5 milhões. O sócio de Nego Di está foragido. Além das fraudes na loja virtual, Nego Di foi alvo de uma operação do Ministério Público (MP) sobre rifas virtuais ilegais. Nessa ocasião, o comediante teve carros de luxo apreendidos e contas bancárias bloqueadas.

A loja virtual entre 18 de março e 26 de julho de 2022, quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di divulgava os produtos em seus perfis nas redes sociais, muitos deles com preços abaixo do mercado. Uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.

A investigação aponta que Nego Di enganou os clientes prometendo entregas que não seriam feitas, pois a loja não tinha estoque. A Polícia Civil estima que o prejuízo das 370 pessoas lesadas seja superior a R$ 330 mil. No entanto, como as movimentações bancárias são milionárias, existe a suspeita de que o número de vítimas seja maior, incluindo pessoas que não procuraram a polícia.

Nego Di é preso por estelionato de R$ 5 milhões