Nego Di continua preso e advogadas lamentam decisão da justiça

Por - 30/07/24 às 16:28

Nego Di tem pedido de revogação negado pela Justiça do Rio Grande do SulNego Di tem pedido de revogação negado pela Justiça do Rio Grande do Sul-Reprodução/X

O influenciador Nego Di teve o seu pedido de revogação negado pela Justiça do Rio Grande do Sul, na segunda-feira, 29 de julho, e as advogadas lamentaram a decisão em um post das redes sociais.

O ex-BBB cumpre pena em Canoas, em Porto Alegre, após uma investigação que ocorreu em 2022. Ele teria cometido fraudes em uma loja online que deixava de entregar os produtos dos consumidores. Houve um prejuizo acerca de 5 milhões de reais. Ele está detido desde o dia 14, por estelionato.

Comunicado das advogadas

As advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch se manifestaram nas redes sociais e lamentaram a decisão da justiça. . “A defesa de Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, lamenta que tenha sido negado o seu pedido de revogação da prisão preventiva. Juridicamente, não há fundamentos sobre os fatos narrados na denúncia para manutenção da prisão. Cabe ressaltar, ainda, que a Juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas não considerou que já há uma grande quantia paga às supostas vítimas”, iniciou.

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“É de conhecimento público as ações realizadas por Dilson durante o estado de calamidade pública que assolou o Rio Grande do Sul, bem como as manifestações dele relacionadas à inércia do Poder Público nas medidas necessárias para salvar vidas naquele momento. Chama a atenção da defesa a coincidência de instauração de procedimento para investigação de lavagem de dinheiro e o andamento da ação de estelionato, que teve início em 2022, com relatório final da autoridade policial em agosto de 2023, mas só em maio deste ano começou a tramitar com pedidos relativos à prisão preventiva”, continua o documento.

“Lamentamos o pré-julgamento e espetacularização do caso, principalmente, daqueles que são responsáveis por conduzir as investigações. Registra-se, ainda, a preocupação com os constantes vazamentos de informações do processo que tramita em segredo de justiça, sem que exista um posicionamento claro da Justiça quanto a isso, nem qualquer movimento para estancar essas falhas. A defesa seguirá trabalhando e acreditando na justiça, com total confiança na inocência de Dilson e no real esclarecimento dos fatos que envolvem as acusações”, finalizaram.

Acusações adicionais contra Nego Di

A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão de Nego Di após denúncias de sua participação em um esquema de venda online de produtos. Ele promovia produtos como aparelhos de ar-condicionado e televisores em suas redes sociais, vendidos a preços abaixo do mercado.

Além dos produtos não entregues, Nego Di também teria mentido sobre doações feitas ao Rio Grande do Sul durante um período de chuvas. Ele afirmou ter doado um milhão de reais, mas a quebra de sigilo bancário revelou uma doação de apenas 100 reais.

Nego Di acabou preso preventivamente em Santa Catarina, na manhã de 14 de julho, e levado sob custódia para o Rio Grande do Sul. Em seguida, já à noite, ele rumou para o Palácio da Polícia, sendo transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

No último dia 16 de julho, a Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de habeas corpus da defesa de Nego Di. Desse modo, ele continuará preso enquanto o processo segue.

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